No vento o sopro de fugidias arestas sons de folhas a pulsar no horizonte palavras sussurradas no limiar do desejo melodias ausentes no interior dos dias Um corpo de mulher no ocaso das horas a magia alucinada na vertigem de te ver a pura evidência na ternura dos teus gestos a fragrante delicadeza do perfume da flor A luz do silêncio à boca das palavras a oscilação dinâmica da mais subtil convergência a vibração do ser absoluto e latente na nudez tremeluzente do teu ser Assim caminho para além da substância num permanente regresso ao fogo inicial por ser o espaço e o tempo indizíveis o mais secreto instante de pureza inabalável
Derreada ria poema latente discreta melodia esforçado júbilo espelho meu oscilante desejo plúmbeo lençol agreste refulgente sonho argentino no abandono das marés No âmago do teu seio aprisionas o tempo aceso na memória de um outro tempo Liberta-te das horas que já não contam aflora a emergência de sempre ancorada no anseio primordial indelével memória inexorável irrepetível una irreprimível discreta melodia poema latente derreada ria espelho meu...
Plantado na paisagem busco a estrela da magia vislumbrando a tua imagem quer de noite quer de dia Sou um barco a vogar sob a chuva que me gela minha estrela vai brilhar há muito espero por ela Ei-la enfim no firmamento tão perto e tão longe afinal oh que doce encantamento ninguém mais lhe fará mal E tu Terra és testemunha após ao Sol teres dado volta eu minha vida depunha pra minha estrela ser solta