domingo, 21 de setembro de 2014

RIA DE AVEIRO

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Derreada ria
poema latente
discreta melodia
esforçado júbilo
espelho meu
oscilante desejo 
plúmbeo lençol agreste 
refulgente sonho argentino
no abandono das marés

No âmago do teu seio
aprisionas o tempo
aceso na memória 
de um outro tempo

Liberta-te das horas 
que já não contam 
aflora a emergência de sempre 
ancorada no anseio primordial
indelével memória inexorável 
irrepetível una irreprimível
discreta melodia 
poema latente
derreada ria
espelho meu...

1 comentário:

  1. Querido Zé
    Um belo poema à Ria de Aveiro, que nos deixa aflorar à memória lembranças tão alegres de um tempo que foi e não volta!
    Continua a ser «espelho», porque nela nos revemos, sempre que a visitamos, agora com o seu belo passadiço na Torreira, junto ao antigo cais onde tantas vezes desembarcamos, oriundos da Bestida.
    Obrigada pela viagem que me proporcionaste no tempo.
    Um beijinho
    Mana

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