segunda-feira, 22 de setembro de 2014

NO LIMIAR DO DESEJO





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No vento o sopro de fugidias arestas
sons de folhas a pulsar no horizonte
palavras sussurradas no limiar do desejo
melodias ausentes no interior dos dias

Um corpo de mulher no ocaso das horas
a magia alucinada na vertigem de te ver
a pura evidência na ternura dos teus gestos 
a fragrante delicadeza do perfume da flor

A luz do silêncio à boca das palavras 
a oscilação dinâmica da mais subtil convergência
a vibração do ser absoluto e latente 
na nudez tremeluzente do teu ser

Assim caminho para além da substância 
num permanente regresso ao fogo inicial
por ser o espaço e o tempo indizíveis
o mais secreto instante de pureza inabalável  

2 comentários:

  1. No limiar do desejo há a magia das palavras que fazem do poema o mais secreto momento do amor...
    Beijo, amigo.

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  2. Querido Zé
    O ser am,ado não pode estar sempre presente!
    Acredito que haja vertigens e alucinações, quando queremos alguém que nos tarda!
    Uma bela forma de expressar tanta saudade.
    Um beijinho
    Mana

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