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Como se nada fosse
anunciaste o silêncio
Sinto a tua seiva na garganta
redimindo a sede de infinito
como se o sonho ou o sobressalto
fosse a luz que embriaga a distância
Nenhuma outra flor ou fruto
tranquiliza a delirante insónia
do vazio que hoje grito
em torno da chama do poema
que incendiavas nas pétalas da palavra
no centro da corola do teu corpo
nas labaredas dos sentidos
na fúria do tempo consumido
Nenhuma outra flor ou fruto
sustenta em mim
a eternidade da memória
A minha seiva que brotou da tua seiva..poeta ondulante e apaixonado pela palavra
ResponderEliminarAgradeço o comentário, Maria Miranda, mas não a estou mirando.
ResponderEliminarNão quer ter uma palavra mais, nesse sentido, para mim?
Beijinhos.
Muito lindo como a propria sensualidade bem inserida numa forma poética de fino trato. Aplausos Humberto. Aqui se aprende poesia.
ResponderEliminarAbraços amigo.
Querido Zé
ResponderEliminarOh, quão feliz é aquela, comparável a uma flor ou um fruto e que se mantém sempre viva na nossa memória!!!
Imagem ousada, «como se nada fosse»!
Gostei muito.
Um beijinho
Mana