quinta-feira, 8 de outubro de 2020

HISTÓRIAS DA HISTÓRIA

 


NOTAS DE LEITURA

Sobre

ESCREVER NO PÓ

-- Histórias da História --


ESCREVER NO PÓ – Histórias da História é uma publicação dada à estampa em Janeiro de 2020, pelo professor, poeta, blogger e escritor João Bragança-Santos, a qual tivemos já o privilégio de ler. Trata-se de dez Histórias hábil, histórica e literariamente (d)escritas, onde estão bem patentes, não só o seu talento de homem de Letras, mas também o seu profundo conhecimento da matéria em apreço – a História de Portugal.

Como referiu Foucault, a ligação do presente ao passado deve processar-se em modo de integração progressiva, uma vez que o passado (histórico) é O Chão de todos os Sentidos da humanidade do presente. E João Bragança-Santos torna isso muito claro, quer na forma quer na substância como nos integra nos meandros do seu contar, na vivacidade conceptual do sintagma, nas significações com que nos presenteia os tiques patognomónicos dos reis, dos príncipes e das princesas. A História é sempre muito mais o protagonismo dos tiranos do que a ignorada necessidade dos povos.

O desenvolvimento tecnológico faz parte da História dos Homens, e tem servido, inexoravelmente, para sofisticar a dominação das minorias sobre as maiorias – atente-se nas Novas Tecnologias de Comunicação e Informação –, pelo que, esta oportuna publicação de bolso poderá contribuir também para instaurar hiatos no tempo de viciação e dependência das redes-virtuais-ditas-sociais, em todos quantos tenham o rasgo de a adquirir e ler e reler, furtando-se ainda ao pensamento único, pré-formatado do discurso da propaganda-geral-global veiculado pelos media, sejam analógicos ou digitais.

ESCREVER NO PÓ – Histórias da História, de João Bragança-Santos é uma obra notável, a não perder. Pedidos através do processo que o autor entender implementar.


Em 7 de Setembro de 2020


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Humberto Maranduva

 

1 comentário:

  1. Amigo, histórias da História
    Deve ser fenomenal,
    Porque a História, afinal,
    É escrita à luz da glória
    Do vencedor; e a memória
    Se apaga ano após ano
    E assim, o gênero humano
    Passa a ser disciplinado
    A partir do resultado
    De um domínio soberano!

    Grande abraço! Laerte.

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