Valerão as vertigens desse dia
a chama sensual tida fiança
porque de sol a sol o tempo dança
na rota dos sentidos em folia?
Inermes são na vala sem valia
reféns no lado de fora da hansa
vexados pelo fiel da balança
nas sortes do corpo que refulgia
O mais cruel triunfo das noitadas
é tão fugaz e vão à luz da lua
e cede de repente às madrugadas
de sede dessa tua pele nua
como se p`ra caminhar de mãos dadas
fosse mesmo preciso ter a rua
Nota: Imagem da net
El triunfo de la noche tan fugaz como cualquier triunfo. Gloria dentro de un sueño al despertar...
ResponderEliminarAbrazo agradecido, Humberto, por otro gran soneto.
Do meu ponto de vista, o poema inicia-se numa concetualização de base emocional, interrompe-se para relevar uma temática diferente e termina na retoma afirmativa da proposição inicial.
ResponderEliminarAbraço de fraterna amizade.
Juvenal Nunes
Um soneto muito bem feito, mas não de fácil interpretação, pelo menos para mim, contudo quem o escreveu, um homem, professor, investigador soube muito bem o que disse e o que quis transmitir.
ResponderEliminarFoi postado no Dia Internacional da Mulher, não sei se propositadamente ou não e se com ela está relacionado, mas parece-me que há todo um "clima" sensorial, que atravessa o soneto.
As vertigens valem sempre a pena, em minha opinião, mesmo que custem muito, quando temos uma mão na nossa mão, aquela que amamos, sobretudo.
Noitadas, madrugadas valem bem a pena, também, mesmo sendo fugazes. A sede do corpo dela é o fulcro do poema.
Abraços e saúde!
O fuso horário do seu blogue não está certo, pois eu deixei o meu comentário às 23:34 e saiu às 15:33. Não sei se isto tem ou não importância para o Manuel, mas claro que esta situação pode pôr-se correta.
ResponderEliminarDias felizes!
É pela noite quando as emoções estão mais despertas que nos equilibramos nas nossas próprias vertigens.
ResponderEliminarMais um soneto que a sua sensibilidade nos oferece.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Mais um soneto magistralmente concebido, mas não fácil de interpretar, é preciso soletrar cada estrofe, especialmente as primeiras, para que ela se abra ao nosso entendimento...
ResponderEliminarAs últimas são claras como água transparente, e delas sublinho
"como se p`ra caminhar de mãos dadas
fosse mesmo preciso ter a rua"
Lindo e profundo!
Um abraço.
Olá, meu caro!
ResponderEliminarPois se, e quando vier a Lagos
aviso-me
para nos encontrarmos.
Será um prazer!
Tenha uma boa Páscoa!
Soneto maravilhoso,
ResponderEliminarPrezado poeta amigo!
E bem concordo contigo:
Sem rua o caminho é gozo...
Gozar-se-ia ao sedoso
Toque da mão ao abrigo
Da nossa mão e, te digo
Mão dada é um repouso
Ao espírito amante
Que se sente estar diante
Da luz do amor, ao toque.
E se o amor é bastante,
Não dá de ficar distante
E a rua virá a reboque!
Grande abraço, amigo! Parabéns por tão perfeito soneto! Tudo de bom! Laerte.
Perdão misericórdia de todos os meus pecados abençoe a todos nós e ao mundo inteiro obrigado gratidão jesus eu confio em vós obrigado gratidão 🙏
ResponderEliminarBeautiful blog
ResponderEliminarPlease read my post
ResponderEliminarMuito bonito e sensível.
ResponderEliminar"como se p`ra caminhar de mãos dadas
fosse mesmo preciso ter a rua"
Gostei muito*