Sinto no rosto o suave vento
das tuas asas de ave branca
Tu és pomba imaculada
sem deixares de ser leoa
tão felina como o odor
com que me envolves
tão maligna como o amor
com que me dilaceras
Tu és a leoa que inventei
sem deixares de ser a pomba
que cruza a atmosfera do sonho
ao encontro da perplexa rota da ventura
Pomba e leoa leoa ou pomba
quero que permaneças poema
por seres luz e sangue e dor
um suave vento no meu rosto
o selvagem cheiro do amor
25/12/1998
Manuel Bragança dos Santos
in O Rumo e o Sonho
Fólio Edições 2001
Poema de rara beleza.
ResponderEliminarParabéns pela inspiração.
Toninho, agradeço uma vez mais a gentil complacência das suas apreciações.
ResponderEliminarQuerido Zé
ResponderEliminarQue belo é o teu poema! Fazes a definição exacta,de forma muito poética, daquilo que deveriam ser todas as mulheres apaixonadas.Isto é a minha maneira de ver...
Hoje, o meu blog completa um ano.
Beijinhos da
Mana