O
Romance
Histórico “O
CHÃO DOS SENTIDOS”,
de Manuel Bragança dos Santos, versa, diegeticamente, a
história da Resistência ao regime de Salazar, num
enquadramento estrutural da acção narrativa com início
em Paris, no ano de 1890, estendendo-se a mesma pelas atribuladas
décadas seguintes, já no nosso país, e depois em
Angola (guerra colonial), até finais de 1976, enquanto a
Democracia se ia consolidando em Portugal...
Assiste-se, nomeadamente: às estratégias salazaristas de manutenção do
poder; à persistente luta da Resistência anti-fascista; à
propaganda de Ferro; à acção da polícia política (PIDE); ao
espectro doTarrafal; à fuga de Cunhal da prisão de Peniche; à saga de Humberto
Delgado; ao labor de Mário Soares e à génese do Partido Socialista; à Primavera Marcelista; ao 25 de Abril.
O
Romance “O
CHÃO DOS SENTIDOS”
revisita também o sucesso (entre as duas Grandes Guerras) dos
minifúndios agrícolas do Norte (quintas), em Castelo de
Paiva, onde, apenas a troco do “terço”
das colheitas, famílias enormes de feitores e caseiros, de pés
descalços, trabalhavam a terra de sol a sol, com pouco mais do
que as enxadas;
Ademais,
revela “o
curioso embrião de um certo empreendedorismo proletário”
ou como
se iniciou a exploração de inertes, na margem esquerda
do rio Douro, na década de 1950, até ao colapso da
ponte Hintze Ribeiro, em 04 de Março de 2001;
Projecta
ainda o singular filme das memórias intactas, das férias
grandes (anteriores às décadas da consolidada indústria do
turismo nacional), vividas em Pardilhó, no Furadouro e na
Torreira; a travessia da lancha entre a Bestida e o cais da Torreira,
a contemplação da arte Xávega, a apanha do
moliço na Ria, e a gastronomia típica das enguias...
Entre
muitos outros referentes, cujo significado narrativo dá corpo
conceptual, cor e ritmo à linha discursiva formal
(significante) da obra, o romance
histórico “O
CHÃO DOS SENTIDOS”
desvenda ainda, desde a sua génese, os projectos inovadores
dos Colégio da Estrela (meninas), adquirido em 1916, e
rebaptizado pelos Pardilhoenses Padres Albano Resende e Germano
Pinto, depois da sua aquisição, em 1928, de Colégio
de João de Deus (rapazes), no Porto, até ser comprado
pelo Ministério da Educação, de Veiga Simão,
em 1973.
Por
último, uma alusão a dois dos heróis
Resistentes, Luís e seu filho Ricardo, que, incapazes de
acompanhar a História do tempo que é o deles, soçobram
frustrados através do tempo da história.
Em 29 de Setembro de 2013
Manuel Bragança dos Santos
olá meu amigo faz tempo que aqui não vinha, mas também o vagar não tem sido muito espero estar tudo bem consigo.
ResponderEliminarDesejo-lhe uma boa noite com beijinhos de luz e paz.
Meu querido
ResponderEliminarOra aqui está uma bela apresentação do teu romance histórico! Incita,deveras à leitura, aguça a curiosidade! Como a narrativa se desenvolve em diferentes espaços,não seria má ideia lançá-lo em cada um desses locais.O que achas?!
Que seja um best-seller!
Beijinhos da
Mana
( O blog da querida Nina é http://lamentosdealma.blogspot.com)
Vim lá da Beatriz pra te parabenizar pelo niver! E ,desde já, desejo sucesso na apresentação! abraços,chica
ResponderEliminarObrigado, Chica, pelos parabéns e pelos desejos de sucesso. Um abraço do Manuel Bragança dos Santos.
EliminarBoa noite Humberto.
ResponderEliminarUma capa bonita e a sinopse.
Parabéns pelo livro
Lua Singular
Boa note, Lua singular.
ResponderEliminarMuito obrigado.
Saudações literárias.
Manuel Bragança dos Santos
O tipo de leitura que me apraz.
ResponderEliminarSaber dos fatos que fizeram historia de um povo.
Confesso minha curiosidade de conhecer.
Parabens Manuel e sucessos na vida.
Um abração de paz e luz.
Um grande abraço, Toninho, pelas simpáticas palavras.
EliminarOi Humberto
ResponderEliminarAtravés da Beatriz chego até seu blog e é um prazer ler e saber a teu respeito. Os blogs acabam sendo nossa leitura mais recorrente _ e criamos laços de amizade apesar das distâncias .é esse a mágica da internet.
Imagino o prazer enorme escrever um livro ! parabens e que venham outros mais, aprecio biografias e histórias reais vividas e recontadas,
deixo um abraço
Oi, Lis!
EliminarOs teus blogues são espectaculares, lindíssimos, a demonstrar uma fina sensibilidade e um bom gosto estético notáveis. Um beijo.
Olá Manuel! Hoje está a sinopse de seu livro no meu Recanto.Segue o link se quiser ver como ficou:
ResponderEliminarhttp://recantodosautores.blogspot.com.br/2013/10/o-chao-dos-sentidos.html
Abraços,
Vim desejar sucesso novamente e acabei de publicar aqui.
ResponderEliminarhttp://lugarescoloridos.blogspot.com.br/2013/10/vai-acontecer-do-lado-de-la-mas-pode.html
abraços,chica
Fez bem. Um abraço.
EliminarManuel
Querido Zé!
ResponderEliminarAcabei ontem mesmo a leitura do teu surpreendentemente magnífico romance histórico, sobre as décadas da Resistência ao regime do Estado Novo.
Recordei, a propósito, tempos idos de luta e esperança num futuro melhor. Encantei-me com o carácter e a determinação de algumas personagens, particularmente a de Ricardo Grave. Emocionei-me, já no fim da narrativa ao sabê-lo vivo. Regozijei-me com as atitudes nobres e perseverantes do Padre Adolfo Fraga. Enterneci-me com a constância de sentimentos da criada Arnalda, face à chama inextinguível, porém sempre contida, do amor que nutria, desde os 15 anos, pelo patrão.
Ah!, já não há hoje sentimentos que se lhes comparem! "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", já dizia Camões.
É de referir ainda a minuciosa resenha, quer no que diz respeito aos factos relatados sobre a Segunda Guerra Mundial, quer no que toca à situação política portuguesa enquadrada pela diegese.
Achei ainda interessante o recurso a uma das personagens, ainda estudante (Claire de la Lune), para delinear o perfil de Oliveira Salazar, através de uma composição escrita para ser apresentada numa aula de Língua Portuguesa.
Fiquei espantada com o pormenor descritivo da acção das personagens em contexto de exploração de inertes, a que tive oportunidade de assistir, ao vivo e "in loco", quando era pequena, na margem esquerda do rio Douro. Nenhum detalhe foi esquecido.
Tendo tido dois familiares que prestaram serviço, um na Guiné e o outro em Angola, sofri, à posteriori, com a descrição das caçadas à pacaça, no mato e de noite. Que temeridade!... Que inconsciência!...
Uma última nota ainda, para assinalar o romance meteórico entre Mr. Paice e Catarina Abrantes: um gentleman vivido sucumbe aos encantos de uma frágil e carente mulher.
Ironia do destino: uma das localizações espaciais do romance, o Colégio de João de Deus, é actualmente palco da formação contínua de muitos docentes. Candidatei-me à direcção desse centro, há uns anos atrás.
Parabéns, sucesso e beijinhos.
Mana