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Confiadamente
escutei o silêncio
no eco das areias que o tempo furta
Na clausura do vazio tentei erguer
a apoteose de todos os momentos
na intuição dos recados
que a tua voz projectava
em timbres de solar rubor
Viajei na infância
a saudade de todos os lugares
que soubeste comigo
num secreto regresso
à bonomia das raízes
Levantámos uma torre indestrutível
nos esteiros da Ria
no rio das esteiras
na humidade dos juncais
em junquilhos de fragrância
na surpresa das revelações
no canásio que guardaste
no pasmo dilacerante do ocaso
Hoje sei o que é morrer
na vigília dos sentidos
Querido Zé
ResponderEliminarNão consigo comentar.
Querido Zé
ResponderEliminarEste poema faz-te regressar à infância e ter saudades, o que é bom!
Eu sei que ele tem uns anos, mas neste momento há que manter todos os sentidos em vigília para não nos deixarmos morrer.
Infelizmente, não sou capaz de reproduzir o comentário que inicialmente tinha escrito.
Um beijinho
Mana