sábado, 18 de julho de 2020

SÊ COMO AS AVES





  Se não somos árvores nem arbustos
                            por que razão nos dizes ter raízes
                            não vês as aves sempre tão felizes
                            voando livres soltas e sem sustos?

                            Ei-las em novos ninhos mais robustos
                            nos ventos lúdicos e nos matizes
                            do tempo sem que tracem directrizes
                            nos céus de luz alegres e vetustos

                            E se viver é torcer o destino
                            abre as asas libertas de cadeias
                            na fuga do fado mais assassino
                      
                            e podes bem verter em plenitude
                            para agarrar o Norte já sem peias
                            as pulsões desusadas de virtude

Imagem do Google







15 comentários:

  1. Uma série de belas frases poéticas ..., representando a vida que todo ser humano experimenta. Tenha um bom dia.

    Saudações da Indonésia.

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  2. Excelente seu soneto, amigo Humberto. Tenho notado grande sensibilidade nas pessoas nesse tempo de pandemia, de medo. Nesse momento, é o coração quem manda. E escrevem coisas belas e com grande sentido. É que as nossas dores, quando reveladas, encontram com outras dores de iguai sentido e profundidade. Assim vi nesse seu belo soneto.

    Se não somos árvores nem arbustos
    por que razão nos dizes ter raízes
    não vês as aves sempre tão felizes
    voando livres soltas e sem sustos?

    bj, até breve!

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  3. Boa noite Humberto parabéns pelo seu blogue. Obrigado pela visita e comentários. Gostaria de ter o privilégio de você ser meu seguidor.

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  4. Ser como as aves. Voar até ao infinito que nos cabe para perdermos as sombras que nos perseguem. Lindíssimo, o seu soneto.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  5. Visitando, retribuindo a visita, confesso o meu gosto e elogio a um blogue super agradável. Gostei muito da sua poesia.
    Linkei no pensamentos.
    Voltarei mais vezes

    Abraço

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  6. Muito bonito
    Retribuindo sua visita
    Continuação de uma excelente semana

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  7. De nuevo leo un precioso soneto reflejando esta situación que nos corta las alas para "volar" libremente.

    Mi felicitación y estima. Gracias por la huella.

    Feliz tarde.

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  8. Gran soneto, Humberto, pleno de matices, sonoridad en las palabras y de cadencia perfecta.

    De aquí en más lo sigo, con gusto. Muchas gracias de nuevo por su visita.

    Un abrazo.

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  9. "Eu tinha umas asas brancas

    asas que um ajo mas

    quando cansava da terra

    bati-as. voava ao céu."

    Almeida Garett.

    Saudações poéticas!

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  10. Manuel, meu querido amigo
    E que saudades já sinto de te ouvir !
    Mas fui compensada com este maravilhoso soneto que fugindo ao teu estilo hermético dado o teu imenso conteúdo literário, fizeste com que a tua abertura desapraz vez fossem as asas com que pudesse voar mais alto, maus livre!
    E sim, sejamos como as aves , sejamos penas , sejamos leves e livres também para poder viver a vida com mais sabedoria dentro do Amor incondicional que nós deve irmanar
    Para ti, Manuel , aquele abraço de sempre .

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  11. Boa tarde de paz, Humberto!
    "não vês as aves sempre tão felizes
    voando livres soltas e sem sustos?"

    Bonito demais, ameniza ansiedades.
    Lembrei-me das aves no céu... passagem bíblica.
    Tenha dias abençoados!
    Abraços fraternos de paz e bem

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  12. Um belo soneto, riquíssimo de conteúdo, que nos levanta do chão em que jazemos nestes dias difíceis que atravessamos.
    Quem ainda tiver "asas", que as solte em plenitude e enfeite os céus com o seu grito de liberdade!
    Obrigada, Humberto pelas simpáticas palavras, deixadas no Barlavento. Prometo sacudir o marasmo que me agarra e escrever algo de novo.
    Um abraço.

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  13. Ter raízes pode mesmo ser um inconveniente.
    Excelente soneto, na forma e no conteúdo.
    Bom fim de semana, caro Humberto.
    Abraço.

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