A
sexualidade foi sempre mais ou menos olhada como algo estranho,
misterioso e passível de causar embaraços. Que o digam
aqueles que pouca ou nenhuma informação receberam, ao
longo das várias etapas do seu desenvolvimento. Quer se queira
quer não, a sexualidade faz parte integrante do indivíduo,
enquanto ser sexuado, não podendo nem devendo ser ignorada,
principalmente pelos pais, educadores e professores. É
conveniente que se encontrem bem preparados e devidamente informados,
possuindo também a suficiente capacidade pedagógica.
Assim, na equilibrada medida das necessidades dos filhos respectivos
e dos educandos sob a sua responsabilidade, de forma pertinente,
contextualizada e oportuna, poderão estar aptos a prestar os
esclarecimentos necessários em cada momento, sem adiantar,
seja o que for, para lá do estritamente requerido. Nada deve
ser oculto, portanto, na medida da curiosidade manifestada por quem
pergunta, porque quer saber.
A
sexualidade marca o homem desde a Antiguidade. Recorde-se a filosofia
dos estóicos: esta advogava a fundamentalidade das vivências
humanas, sempre estribada, pautada pelas exigências da razão,
pelo que o prazer resultante da satisfação dos desejos
carnais se converteria em inimigo desse tipo de ideal. Em termos
éticos, o homem deveria reunir todas as forças
possíveis e impossíveis, no sentido de, sistemática
e permanentemente, aniquilar as paixões, libertando-se dos
impulsos desregrados, embora instintivos, até ao mais completo
paroxismo apático.
Sobre
esta matéria, as tendências e as doutrinas, através
dos séculos, sucederam-se sem grandes variações
entre si. Tratando-se da sexualidade, todas elas defendiam o mesmo
tipo de desconfianças e de medos, sempre associados ao pecado,
à culpabilidade e até ao desprezo pelas várias
vertentes de um assunto tão assaz comprometedor.
Mas,
o sexo nem sempre foi tabu na generalidade dos contextos
histórico-filosóficos: a sexualidade chegou a ser
sacralizada pelo mito, o que tornaria o sexo como algo outorgado
pelos deuses, visando práticas sagradas.
Nota: net pics
Oi, Manuel!
ResponderEliminarParece que ao invés de evoluirmos, retroagimos.
Boa semana!!
Olá, Luma Rosa!
EliminarTal e qual.
Boa semana!
O individuo hoje (salvo exceções), procura longe dos afetos, dos valores mais sensíveis e profundos, um prazer fugaz, mundano, despido de comprometimento. Impera nele uma vontade descontrolada, uma liberdade desorientada, comodista, conduzida pelo instinto mais básico do prazer. Tem assim mais, mas pior. Daí a sua continuada insatisfação com ele próprio e os outros.
ResponderEliminarApenas porque o têm furtado à educação dos afectos; ao são equilíbrio que advém do respeito pelo próximo, a começar na família, dos pais para os filhos, dos filhos para os pais, entre os irmãos, e por aí fora. Hoje, cada ser humano é "educado" como se educa um cão ou um gato. Estamos, ou melhor, estão a preparar uma geração de futuros ditadores putativos. Depois não se queixem!
ResponderEliminarMeu querido
ResponderEliminarTanta preocupação da Tutela para que todos frequentem Acções de Formação mas,para o que é mais necessário,ninguém FORMA ninguém!...
Belo texto,para reflectirmos muito a sério...
Parabéns.
Beijinhos da
Mana
Face às transformações sociais, mais do que nunca, considero importante uma abordagem acentuada sobre sexualidade nas escolas e na família , que possibilitem a vivência de uma sexualidade saudável e responsável; desse modo evitar-se-iam muitas doenças, gravidezes precoces e muita promiscuidade.
ResponderEliminarBom dia, Poeta! Beijinho
Já em 1907, num seu escrito intitulado “O Esclarecimento Sexual Das Crianças”, Freud opinava que às crianças não deve ser sonegada nenhuma informação sobre a vida sexual, desde que vá respondendo à sua gradual curiosidade, e na altura em que as questões são colocadas. Também a escola, refere o pai da Psicanálise, não pode nem deve fugir às suas responsabilidades formativas e informativas, obrigando-se, portanto, a considerar a sexualidade como um normal conteúdo escolar, a ser ministrado progressivamente, em função das dúvidas dos alunos, sem nunca atropelar as fases do desenvolvimento das crianças.
ResponderEliminarBeijinho, Carminha Gomes