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Quero guardar o cheiro a
savana no teu corpo
sentir o subtil afago do capim pela manhã
beber o orvalho na folhagem dos teus gestos
vibrar no tropel dos corações em
delírio
Por entre acácias verdejando
na densidade das fendas ressequidas
pelo sol crepuscular dos batuques
tão presas ainda à terra dos sentidos
quero guardar o cheiro a savana no teu corpo
Plácida terra que sempre soube de cor
envolve-me no hálito fresco do teu ventre
perfumado
na latência cerrada do teu bosque
nos tons e sons da tua seiva
que bebo insaciável
à boca da madrugada
e vem amanhecer na manta morta
do meu corpo
in "O Rumo e o Sonho" - 2001
Fólio Edições
Um poema muito belo. Senti, aqui, o cheiro da savana e o "afago do capim pela manhã"...
ResponderEliminarAbraço, amigo.
Uma entrega a um encantamento com muita poesia.
ResponderEliminarA mãe Africa com seus encantos.
Abraços.
essências!...
ResponderEliminarGraça Pires, António Reis e Manuel Pintor
ResponderEliminarGrato pela gentileza dos comentários. Abraços
M. Bragança dos Santos
Querido Zé
ResponderEliminarQuem visitou África,parece que fica impregnado das sensações aí experimentadas!
Belo poema,com referências a uma flora única, a uma Natureza singular!
Uma fotografia a condizer!
Dá vontade de lá ir,só para conferir!
Parabéns.
Um beijinho
Mana