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Como se nada fosse
anunciaste o silêncio
na dolorosa e brutal ausência
de quem mora omniforme em mim
Sinto a tua seiva na garganta gotejante
redimindo a sede de infinito
como se o sonho ou o sobressalto
fosse a luz que embriaga a distância
Nenhuma outra flor ou fruto
tranquiliza a febricitante insónia
do vazio que hoje grito
em torno da chama do poema
que incendiavas nas pétalas da palavra
no centro da corola do teu corpo
nas labaredas dos sentidos
na fúria do tempo consumido
Nenhuma outra flor ou fruto
sustenta em mim
a eternidade da memória
Flor ou fruto, não sei, mas fácil é ver a excelência da sua poesia.
ResponderEliminarParabéns pelo seu talento poético.
Um abraço, caro Humberto.
"em torno da chama do poema" estão as palavras do poeta recordando o amor até à "eternidade da memória". Muito belo, amigo.
ResponderEliminarUm beijo.