Os avós são os homens e as mulheres, pais e mães dos nossos progenitores. Sem me alongar muito e procedendo a uma análise diversa da habitual, sem deixar, no entanto, de apelar ao respeito e consideração que nos merecem os velhos, neste dia dos avós, direi que: o género
masculino, muito mais trôpego e dependente, menos autónomo
e frágil, apresenta, objectivamente, uma esperança de
vida inferior à das mulheres, muito mais “gaiteiras”
e mexidas, sempre entretidas com isto e aquilo (lavores, leitura,
participação voluntária em iniciativas ligadas a
projectos solidários, de preparação de festas, de exposições
e de viagens, de passeios aqui e acolá).
Quantificando, podemos
dizer existir uma diferença, em termos de esperança de
vida entre homens e mulheres, de uns dez a quinze anos (?!), a favor do,
ironicamente designado pela sociedade dos homens, sexo fraco. Elas
estão para lavar e durar, chegando a atingir os oitenta, noventa e, por vezes, mais
anos de idade, enquanto que, em contrapartida, os homens se ficam pelos
sessenta, setenta e tal.
Evidentemente que há excepções
que só vêm confirmar a regra. Por outro lado, conforme me adiantaram, sempre que um homem, num lar, adoece, rapidamente se
degrada o seu estado de saúde e morre. Quando o estado de
saúde das mulheres corre riscos, pelo contrário, reagem
muito bem à medicação e aos tratamentos, e podem
resistir anos a fio e até ultrapassar os problemas.
Vi com os
meus próprios olhos, num quarto amplo de três camas,
três senhoras, já na casa dos noventa, a soro, e que já
estão assim há cerca de dez anos: fiquei estupefacto com
tamanha capacidade de resistência.
NOTA: Extracto de um artigo sobre a fragilidade masculina na idade sénior.
meu querido
ResponderEliminarFiquei muito feliz ao ver que publicaste um artigo sobre os avós,em que eu me incluo.
Lamentavelmente,há seniores a viver em lares.de dia,eu ainda compreendo,mas de noite,não.Nunca.assim como as famílias vão levar e buscar as crianças ao infantário ou às escolas,deveriam,caso não tivessem outra possibilidade,fazer o mesmo com os seus pais.Esquecem-se que hoje sã os pais e amanhã,são eles próprios,pois foi esse o exemplo que deram aos filhos.
Suponho,também que essa fragilidade está diretamente relacionada com a solidão.Poucas ou nenhumas são as pessoas que se dispõem a visitá-los .«Os doentes,segundo J.S.Nobre,quer pela debilidade física em que se encontram,quer pela natural depressão psíquica que os assalta e que a fraqueza física produz,costumam sentir-se muito sós.-Sobretudo ao cair da tarde,entre dia e noite,costuma cair sobre o doente um abatimento profundo,uma melancolia de fazer dó.É nessa hora,principalmente,que uma palavra amiga,fraterna,chega como eficiente e poderoso bálsamo para o espírito daquela pessoa que sofre e merece o conforto de uma visita.»
Fizeste bem colocar este assunto à reflexão de quem o ler.
Já sei que és meu seguidor, mas não encontro no teu blog como ser teu seguidor.Isso é indispensável,pois não é possível às pessoas decorarem os endereços de todos os seus seguidores.Pensa nisso.
parabéns por esta escolha e obrigada pela partilha.
Uma ótima semana.
Sabes que um poema meu foi destacado pela nossa querida amiga Anne Lieri,de quem poderás ser seguidor.Dizes que és o meu irmão mais velho.Se quiseres ler e comentar os versinhos, é só ir ao Google e digitar http://recantodosautores.blogspot.com.br/2013/07/ ternura.html
Eu vou ficar muito feliz.
Beijinhos da
Mana
Gostei muito do teu comentário. Tenho acompanhado, de perto, este fenómeno lastimável de abandono dos mais velhos, precisa e principalmente, por aqueles que lhes são mais próximos.
EliminarSei também que, na maior parte dos casos, apenas os visitam, porque se mantêm de olho na herança (ouros, casas, terrenos ou economias aforradas).
Tudo isto é deplorável, mas é mesmo assim que funciona a espécie humana, salvo raras e honrosas excepções.
Beijinhos.