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Antes
de mais, daremos parte ao leitor de que trataremos a temática
supra designada com pinças (adocicadas), tendo em conta, não
só a flagrante actualidade da matéria em questão,
mas também devido à sensível subjectividade da
mesma. Senão, vejamos, para começar, o próprio
melindre que envolve a lata conceptualidade da presente representação
mental, de quem à mesma se liga, seja por que motivo for.
Explanemos, então, o conceito que, acrescente-se,
etimologicamente, aponta para a ideia de escolha, selecção.
E é aqui que radica o busílis da questão.
Ainda
que a adopção possa estar enquadrada legalmente numa
dada sociedade, que legitimidade assiste a parte adoptante na decisão
de determinada escolha, depois de seleccionada a criança?! É
sabido, julgamos nós, que o número de crianças
rejeitadas, abandonadas ou vítimas de maus-tratos vai sendo,
mal ou bem, tutelado pelo Estado ou pela Igreja. Todo este panorama
se deve ao adensar dos ambientes familiares disfuncionais, onde
proliferam, cada vez mais, crianças em risco. Percentualmente,
muitas delas são geradas por adolescentes desorientadas,
impedidas de sonhar as suas vidas de meninas. Pecados do estado, da
família e da escola!
Tanto
o Estado como a Igreja – na sequência da lógica
verificada até agora – têm obrigação
ética e moral de acolher os menores em risco, fazendo-os
rodear de todos os direitos inerentes a todas as restantes crianças
felizes, no âmbito de equipas multidisciplinares bem
preparadas, afectuosas e solícitas, não esquecendo
nunca que o pequeno ser que irá ser adoptado, quando tal
acontece, nada escolhe, nada selecciona, ao contrário do que
acontece quando aceita e busca, natural e afanosamente, ligar-se ao seio materno,
agarrando assim o prazer da aventura de viver... Importa, pois,
escutar os especialistas capacitados para o efeito, no início
do processo de adopção, depois daqueles terem analisado
o historial físico e mental da criança, dos seus pais
biológicos e do casal adoptante. Sem isto nada feito.
Escusado
será dizer que, quem adopta fá-lo, muitas vezes, para
tentar compensar infertilidades, solidões mal geridas,
egoísmos angustiantes que, de forma obsessiva, ansiosa, precipitada ou calculada, mal conseguem disfarçar os imperativos inconscientes de uma
existência frustrante. Ainda assim, vamos acreditar na
boa-vontade de quem se dispõe a conceder uma segunda
oportunidade aos inocentes caídos em desgraça, dando
àqueles o benefício da dúvida. Convém
ainda referir os 6 (seis) meses (até aos) como sendo a idade
mais favorável para a adopção, por razões óbvias
de adaptação à nova família de
acolhimento.
Por
último, e aquando da entrada na adolescência, a
estabilidade familiar é ainda mais necessária, bem como
o desfazer de mitos relativamente à origem do adoptando,
naturalmente, sem receios, hesitações ou tabus.
Defendo que a criança está sempre melhor
ResponderEliminarcom o carinho de um casal equilibrado,
do que com a atenção em série de uma
instituição, pelo que, os processos
deveriam ser céleres.
As melhores saudações.
~~~~~
Oi Humberto, voltei à nova postagem do mesmo gênero à anterior. Concordo com a Majo plenamente - só o amor ampara verdadeiramente, mas acrescento que a disciplina forja o futuro comportamento. Grande abraço! Laerte.
ResponderEliminarUm artigo muito interessante e sensível, pois implica crianças e, para elas eu só quero o melhor.
ResponderEliminarHoje:- És a bebida que sorvo em mar deserto.
Bjos
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