Quem
vive num estado de direito democrático, enquadra-se, em termos
de estatuto e papel, num conjunto de direitos e deveres que fazem
parte do seu quotidiano, e aos quais se não deve furtar – os
segundos –, nem desprezar – os primeiros, sob pena de se
automarginalizar e, por motivos de atropelo (ilícitos) dos
vários códigos reguladores da respectiva sociedade, vir
a ser sancionado.
Sendo
assim, há, até, quem prescinda dos seus direitos
(quantas vezes, por ignorância), mas, pelo contrário –
e pensando agora nos deveres –, o desconhecimento da lei não
iliba quem a não cumpre. Logo, os deveres constituem,
inalienável e eticamente, algo a que se obriga o sujeito, o
indivíduo, o cidadão, enquanto entidade
reconhecidamente moral e em perfeita fruição das suas
faculdades mentais.
O
mesmo vale, também, no âmbito da interacção
pessoal e social e no quadro institucional mais lato dos contactos de
determinadas comunidades de indivíduos.. Contudo, mutatis
mutandis,
pode discutir-se até que ponto o cumprimento de uma obrigação
moral constitui uma necessidade imposta ou naturalmente
determinada... Esta, é mesmo levada a cabo; já, aquela,
pode, mesmo, ser ignorada.
Como
se escreveu atrás, nem todos usufruem dos seus direitos, seja
por ignorância, falta de sentido de oportunidade ou
discordância (?!!), ou, então, por negligência,
inércia ou desleixo. Já no que se refere aos deveres
(morais), estes podem ser cumpridos, ou não, caso sejam
aceites e, para isso, devem, primeiro, ser interiorizados. Mas, para
que tal aconteça, convém perceber a sua razão de
ser, dado esta revestir sempre móbiles subjectivados:
Estes
podem abarcar implicações sociais, doutrinárias,
políticas, axilológicas, entre outras. Ora, nestes
casos, o sujeito, o indivíduo, o cidadão terá
sempre a prerrogativa de avaliar, ponderar e, finalmente, decidir com
pragmatismo e sentido de liberdade, sem, no entanto, beliscar ou
comprometer a liberdade do(s) outro(s).
Imagens (2) do Google
Colocando na balança, não sei ainda se temos mais direitos do que deveres! Acho que deveres, o povo nunca sai ganhando... Creio eu que sabemos mais dos deveres, pois a falta com ele seremos penalizados, e bem penalizados. E os direitos muitas vezes ficamos sabendo e nos admiramos tempos depois. Mas os deveres nos chegam como NEONS!
ResponderEliminarÉ ficarmos atentos, usarmos do bom-senso e irmos atrás do que temos direito, ou pegarmos os estatutos 'disso ou daquilo'. Tenho visto algumas pessoas dizerem: 'mas eu não sabia disso!!!'
Muitas vezes passou o prazo do benefício. Gostei muito de ler.
Uma ótima semana!
beijo.
é muita borocracia
ResponderEliminarBeijinho grande no coração
danielasilva-oficial.blogspot.pt
Deveres e direitos não devem ser menosprezados.
ResponderEliminarHá direitos que muitas pessoas desconhecem, nomeadamente de apoios sociais ou até de reduções no IRS. E isso acontece por negligência e/ou falta de informações claras por parte das entidades respectivas.
ResponderEliminarQuanto aos deveres, há muita gente que faz "orelhas moucas" a uma série deles (impostos, comportamento na condução, etc., etc.).
Em qualquer caso é extremamente importante saber os direitos e deveres que nos abrangem.
Excelente crónica. E muito clara na abordagem do tema.
Caro Humberto, um bom fim de semana.
Abraço.
Um texto muito completo, e algo complexo, mas de agradável leitura.
ResponderEliminarDireitos e deveres deveriam estar equilibrados nos pratos da "balança social", mas, assim não acontece. Há quem queira ter sempre mais direitos do que deveres, como sabemos.
É verdade que alguns desconhecem alguns dos seus direitos, mas são questões mto específicas, como, por exemplo o "Atestado de Incapacidade Multiuso" ou os direitos do doente oncológico.
Outros, acham, que têm direitos, que nem existem na Lei, mas reivindicam, reivindicam. Uma certa ignorância, bazófia e arrogância, penso eu.
O desejável seria haver equilíbrio entre Direitos e Deveres, mas…
Beijo e boa semana.
Direitos e deveres.. estao em todos os lugares e coisas.
ResponderEliminarhttp://juliamodelodemodelo.blogspot.com/
Há que estar atento aos direitos e aos deveres. A cidadania assim o impõe. Não ignoro que há quem só se ache com direitos… Sempre bons estes seus textos, meu Amigo.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.