Imagem do Google |
Amar é para quem pode dispor
de tantas e distendidas
canseiras
aferidas exactas sem asneiras
finuras selectivas sem rubor
Nos poemas surgidos com ardor
arrefecem lirismos sobre as
eiras
nos campos nas adegas nas
esteiras
das ruínas que jazem
sem fulgor
Ser a coisa de tudo perceber
de não saber ficar só
por partir
é só t(r)ocar o
tempo já sem ver
ser bem melhor pensar em
assumir
a sentida sombra por desprazer
no
lugar que nos tolhe de sorrir
Olá, Humberto, soneto muito lindo, meu amigo!
ResponderEliminarPenso que amar deve ser um gostar infinito; doar-se, respeitar a individualidade do outro, zero de egoísmo, muita alegria, chorar junto, e deixar na vida uma história que valeu a pena ter sido vivida. É companheirismo e amizade. Mas nunca esperar ser só festa, só alegrias. É somar, multiplicar e dividir quando preciso for.
Beijo, uma boa semana pra você.
Olá
ResponderEliminarQuero primeiro agradecer a visita e as palavras deixadas a propósito do poema que o João me fez: não sei se me senti poderosa, mas feliz, isso sim.
Agora quero discorrer sobre este soneto: «sujeito e objecto» sempre se complementam.Diria até que, sem um, o outro não tem razão de ser. Também concordo contigo quando dizes que amar pressupõe canseiras,mas acho que nunca nos «cansam». O pior é que, por mais que tente, nunca conseguirei discorrer com a beleza da selecção de palavras com que nos mimoseias.
Belo soneto.
Um beijinho
Mana