Imagem do Google |
Josef
Breuer
(1842-1925)
recorria à hipnose para concretizar o método catártico
(purga mental), associando o sintoma histérico à sua
causa, levando Anna
O.
à remomorização e verbalização
completa do facto em si, de modo a integrá-lo na consciência
normal da doente. Freud
(1856-1939)
viria a sistematizar este processo, introduzindo-lhe, porém,
alterações de monta, como, por exemplo, abandonando a
hipnose; optando pela livre
associação de ideias
do paciente, recorrendo às suas imagens, pensamentos e
fantasias, cujo peso patogénico o Ego
não tolera.
Freud
sabia
que as associações mentais constituem conexões
que surgem a partir da cadeia significante, das representações
mentais, dos empirismos protagonizados, dos automatismos que resultam
dos estímulos. Sempre que algo do género ocorre na vida
do sujeito, a isso se associa todo o seu vivido subjectivo. Este não
é mais do que a experiência passada, acompanhada das
marcas que o seu registo impõe, ao nível da similitude
e da contiguidade.
Todas
as aprendizagens do sujeito – umas mais, outras menos –
beneficiam deste tipo de associações, como é o
caso da memória, da racionalidade e da verbalização.
Modernamente, há empresas que recorrem a testes de associação
de palavras, na tentativa de melhor conhecerem os candidatos. Se se
verificarem perturbações aquando do processo
associativo (alterações esquizóides do
pensamento), é possível despistar a esquizofrenia.
Eugen
Bleurer
(1857-1933) atribuiu-lhes
grande importância e aludiu à divagação e
ao discurso incongruente, sem nexo, enquanto efeitos da diminuição,
descontrolo ou mesmo à falha da capacidade de associação
mental do sujeito. Todos estes transtornos comprometem seriamente a
intersubjectividade comunicacional e relacional dos afectados e de
quantos com eles privam no dia-a-dia. Na actualidade, o problema amplia-se e multiplica-se, e tem vindo a castigar, ainda mais, a qualidade de vida
das pessoas.
Gostei de ler. Obrigada pela partilha:))
ResponderEliminarHoje:-Deambulando pela natureza, sem chão
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.
Com o que escreveu, concordo com a teoria de Freud. Desde muito cedo apercebeu-se que a hipnose não era eficiente e optou pela psicanálise que no meu entender é bem mais realista. Quanto à hipnose ainda tenho dúvidas... li quase todos os livros de Brian Weiss a começar pelo primeiro “ Muitas Vidas Muitos Mestres” . Relativamente à hipnose é possível que possa ajudar no tratamento de auto-estima, angústia, tristeza e até tendências suicidas desde que o paciente acredite na hipnose.
ResponderEliminarGostei muito de ler.
Beijinho.
Muito interessante e a associação de ideias é realista, permite uma " ginástica mental" muito salutar. (a expressão de " ginástica mental" não é minha; foi utilizada por um professor que fez uma visita guiada a uma capela aqui no Porto).
ResponderEliminarObrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Olá, Humberto, sou mais pela teoria Freudiana, mais pela Associação de Ideias a qual me submeti por curiosidade e para conhecer-me melhor, saber de minhas reações pelo auto conhecimento. Também passamos a conhecer melhor os outros com quem mantemos uma aproximação, facilmente sabemos o porquê tal tomada de atitude por uma pessoa.
ResponderEliminarNão é facilmente que a hipnose funciona, o paciente tem de querer, tem de acreditar, caso contrário não será hipnotizada.
Há muitos anos, ainda solteira, participei junto com meu pai, era médico, de umas palestras sobre esse assunto e nelas, tínhamos a demonstração de várias pessoas que se submetiam à hipnose. Muito interessante. Tanto eu como meu marido lemos muito sobre o assunto, temos bons livros, sem dúvida é um tema apaixonante.
Gostei muito dessa sua postagem, já tinha lido, mas não tive tempo de comentá-la.
Beijo, amigo.
É isso, Taís! Temos pontos de vista coincidentes, embora, pessoalmente, nunca tenha experienciado nem a hipnose, nem a associação de ideias. Contudo, esta última possa ser sempre concretizada se conseguirmos proceder à auto-análise.
ResponderEliminarBeijinhos.
(...) PODE ser sempre concretizada (...) melhor dizendo.
ResponderEliminar