segunda-feira, 3 de junho de 2019

PROCESSAR CONHECIMENTOS


Imagem do Google

   Conhecer, seja o que for, não é possível senão através de um conjunto de atributos inerentes ao sujeito, tal como a (a)percepção, a memória, a inteligência, a imaginação, a reflexão, a evocação, a razão, a avaliação, etc., isto é por intermédio da cognição.

   No tempo de ambos, Platão e Aristóteles opuseram a cognição noética (parágrafo anterior) à vertente orética do indivíduo – instintintos primários e volição. O fenomenologista Husserl (1859-1938) referiu a esfera noética, como o centro das funções intelectuais.

   Ao contrário de behavioristas como Watson (1878-1958) ou Pavlov (1849-1936), que recusaram a introspecção, o cognitivismo pretendeu aliar o funcionamento mental aos comportamentos. Jean Piaget (1896-1980) foi uma das suas principais referências, tendo utilizado a metodologia experimental, com recurso à neuropsicologia, à matemática, à psicologia e à linguística, entre outras áreas do conhecimento.

   Constituindo o conhecimento de cada um uma aparente amálgama de dados que continuamente se acrescentam (uns) ou se perdem (outros), convém proceder ao seu eficaz processamento a partir da estrutura cognitiva do indivíduo. Assim, as vivências passadas e que foram interiorizadas, são registadas de acordo com um padrão hierarquizado de esquemas conceptuais, face ao vivido subjectivo do quotidiano.

   Tal como Piaget previra, a linguística pode facilitar os códigos comunicacionais e tirar melhor partido da informação veiculada, logo do conhecimento adquirido. Refira-se, ainda, o conexionismo e a atenção selectiva. Esta fala por si, já aquele trata das redes interactivas de informação onde o tratamento é múltiplo, paralelo e simultâneo.


   Por último, façamos alusão a algumas desordens cognitivas: no pensamento autista, o sujeito rege-se por impulsos e fantasias pessoais; na velhice, a senilidade tolhe a cognição; na esquizofrenia, a cognição enferma de perturbações severas, embora possam ter carácter intermitente.

3 comentários:

  1. “A Estranha Ordem das Coisas” tem a sua razão de ser...
    Boa tarde. Beijinho.

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  2. Maravilhoso e instrutivo texto:))

    Hoje:-Por vezes existem dias sem cor.

    Bjos
    Votos de uma óptima terça - Feira.

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  3. Sempre a aprender.
    Obrigado por mais uma "lição"...
    Caro Humberto um bom fim de semana.
    Abraço.

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