Quando
observámos, em plena Natureza, o desempenho, principalmente,
dos mamíferos e das aves, ficámos surpreendidos com a
dedicação, o cuidado, a entrega e acerto com que estes
animais (irracionais) acompanham, apoiam, alimentam e protegem os
seus filhotes, mormente as mães, até que aqueles se
encontrem aptos para enfrentar a vida com autonomia e independência.
É que o mesmo, nem sempre acontece nem é linear com as mães humanas.
Depois
de nove meses de gestação no útero materno –
na ancestralidade, o mamífero humano nascia com vinte e um
(21) meses – o bebé surge no mundo, absolutamente indefeso,
imaturo e dependente, e só não falece rapidamente,
porque a mãe (parte-se desse princípio), unida que está
ao filho pelo vínculo instintivo e familiar, lhe dispensa todo
o tipo de protecção, carinho, higiene e alimento – o
leite materno é insubstituível –, acautelando e
garantindo o seu processo de desenvolvimento físico e
psicológico.
Donald
Woods Winnicott (1896-1971), em
meados do século XX, defendeu, através da rádio,
a importância do papel responsável, integral e actuante
das mães inglesas, durante a gravidez e, depois, junto dos
seus bebés recém-nascidos, visando a formação
tranquila e equilibrado do EU
infantil. A mãe deve identificar-se, naturalmente, com o filho
(vinculação), para que este, conforme adianta John
Bowlby (1907-1990), se
ligue a ela (bonding),
no
âmbito dum elo de reciprocidade identitária.
É
este o papel genuíno de qualquer mãe adulta e madura,
não devendo nunca ser escamoteado. Sempre que a mãe
claudica, negligencia, sufoca ou ignora a “cria”, esta deixa de
receber os devidos estímulos, passa a sofrer de desequilíbrios
emocionais, sente, no mais profundo do seu ser, os objectos internos
deformados, devastadores, e os externos distorcidos e aniquiladores; perde
autonomia, não elabora as aprendizagens; o ambiente de
exploração, descoberta e desenvolvimento (holding
environment, de
que também nos fala Winnicott)
torna-se
avesso, disforme e sem significado para o infante...
É
nestas situações que o psiquismo da criança, num
automatismo psicodinâmico defensivo, procede a uma fixação
regressiva primária, remetendo-se a estádios arcaicos
de funcionamento e desordem, passíveis de provocar fenómenos
somáticos indesejáveis e comportamentos compensatórios
de dependência, que serão sempre interpretados, pela mãe
(pelos pais) de forma contraproducente e desviante, o que significa
que o problema tenderá a assumir proporções
incalculáveis. Tenham cuidado e sejam responsáveis.
Imagens (3) do Google |
Para além das teorias que muito respeito, creio que é instintivo em quase todas as mães a protecção dos seus filhos. É um amor que começa logo que a mulher engravida e se vai desenvolvendo à medida que o tempo passa. É um amor que nunca acaba. Há mães que se esquecem dos filhos? Há, claro. Aí podem entrar as teorias…
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Oi Humberto!
ResponderEliminarNós mulheres nascemos com o dom da maternidade. O amor de uma mãe por seu filho não tem definição possível, nem nós mães, saberíamos definí-lo pois é tão grande e verdadeiro que vai além de nossa capacidade de expressá-lo em palavras.
Há mulheres sem está capacidade de amar sim,mas, felizmente são casos raros.
Uma postagem muito interessante.
Abrçs
Serão raros os casos em que a mãe não sente afecto pelo seu filho.
ResponderEliminarEstas teorias esquecem que se deve proporcionar às mães, ambiente e condições para que estas possam centrar toda a sua atenção aos filhos, enquanto eles dependem dela.
¡Hola Humberto!
ResponderEliminarEstoy de acuerdo con Magui y con las otras dos. El amor de una madre para con sus hijos es inagotable, solo acaba con la muerte, los queremos con locura desde ese primer momento que lo sentimos en el vientre.
Y desde el primer momento que nacen, dedicamos a su cuidado las veinticuatro horas del día, hasta ellos valen por sí solos. una madre no se jubila nunca.
¡Pero también hay la otra cara de moneda! Si, hay otras madres que no los quieren y los matan o maltratan, pues creo que tendrán un desequilibrio mental, quizás por este mundo tan desigual.
Ha sido un placer leerte, es un texto muy interesante.
Buena tarde y se muy ,muy feliz.