quinta-feira, 1 de agosto de 2019

DE TANTO SOPESAR


Imagem do Google

                 De tanto sopesar sonoridade
                 no rumor dos tais versos circunscritos
                 dou por mim inventando na cidade
                 a frescura dos ventos nunca ditos

                 “Em nome da Terra só por verdade
                 perora Vergílio* nos seus escritos
                 que dizer dos caminhos sem idade
                 que só somam despojos e detritos

                 Um cavalo de crinas ondulantes
                 é belo sem selas nem distintivo 
                 galopando liberdades impantes

                 correndo sem saber por que motivo
                 o desejo vacila nos errantes
                 sintomas de sentir ser um ser vivo

*Vergílio Ferreira (1916-1996) – Um génio da Literatura Portuguesa; Prémio Camões (1992).




4 comentários:

  1. Belíssima escolha, Humberto, e essa foto não poderia ser mais linda! Pra mim foi um presente essa postagem, uma vez que fui Amazona em provas de hipismo por muitos anos. É lindo demais um cavalo em liberdade!
    Beijo, um ótimo fim de semana que está já se anunciando.

    ResponderEliminar
  2. Bela imagem de um cavalo
    Que retrata uma poesia
    Filosófica, eu diria,
    Sendo à alma um regalo.

    O animal, ao observá-lo
    Parece que irradia
    Beleza e a filosofia
    Do poema segue o embalo

    Desse tão lindo animal.
    São versos que Portugal
    Sempre lança e ao mundo ecoa

    Como arte excepcional
    Desde Camões ao imortal
    Grande Fernando Pessoa!

    Belíssima postagem! Parabéns, amigo Humberto! Abraço cordial! Laerte.

    ResponderEliminar
  3. Sempre bom passar por aqui. Excelente texto acompanhado de uma belíssima imagem. AbraçO!

    ResponderEliminar
  4. Linda imagem de fundo perfeitamente enquadrada no poema. Gostei! Beijinho.

    ResponderEliminar