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Como
interrogava um poeta, em 1998, “Com que crédula esperança/se
ergue cada sonho/na
surpresa da manhã levemente azul?...” e prosseguiu: “A
curiosa expectativa da noite extinta/no
túnel estreito da insónia/cruza
memórias de constelações vivas/com
abismos obscuros de incompreensível espanto (...)”. Embora a
necessidade de dormir, maior ou menor, varie de pessoa para pessoa, a
sua satisfação fisiológica é
imprescindível, pelo que é desejável que se
verifique um adequado equilíbrio entre sono e vigília.
A
ansiedade e outro tipo de problemas de saúde, quer físicos
quer psicológicos, impedem a indução do sono,
inibindo a estimulação dos seus factores, através
da diminuição do seu fluxo, o que mantem a activação
cortical a partir da formação reticular. Por este
desequilíbrio podem ser também responsáveis o
baixo teor de melatonina, conforme Damásio
(2017),
bem como as variações na concentração de
serotonina nos neurónios dos núcleos do rafe, abaixo da
amígdala.
É
impensável não dormir. Só o sono, naturalmente,
tem a capacidade de regenerar o cérebro, procedendo à
sua síntese proteica. Aumenta o fluxo sanguíneo
cerebral. Procede à restauração somática.
Estimula, na altura própria, as hormonas de crescimento.
Prolonga-se por mais horas nos recém-nascidos e diminui na
velhice. É lamentável, portanto, que o Ministério
da Educação continue a não responder, no
Pré-escolar, pela rigorosa observância da sesta
generalizada das crianças, em salas próprias.
Para
combater o flagelo da insónia, há quem tome, mesmo sem
aconselhamento médico, todo o tipo de hipnóticos; no
entanto, os especialistas recomendam as benzodiazepinas, por serem
mais seguras... caso o exercício físico exigente e
rotinado no dia-a-dia, não dê resultado. Não veja
televisão nem se grude ao computador, antes de se deitar...
Isso, leia um livro! É que a insónia é a pior
das condenações.
A insônia faz parte da minha realidade. Incomoda muito... mas estou buscando soluções. AbraÇo!
ResponderEliminarObrigada pela visita e excelente comentário no meu blog.
O melhor remédio para a insónia é mesmo ler...
ResponderEliminarGostei da abordagem ao tema, muito elucidativa.
Caro Humberto, continuação de boa semana.
Abraço.
A insônia atinge,infelizmente, cada vez mais pessoas e é triste! Abraços chica
ResponderEliminarsinto o dever de lhe agradecer as palavras elogiosas sobre o poema "Incendeias as Ruas" (Ortografia do olhar) e análise fundamentada a que se deu ao trabalho de fazer
ResponderEliminartanto mais que julgo ser este o meu primeiro contacto com este qualificado espaço. agradeço-lhe, portanto. e peço licença para acompanhar as suas publicações
um abraço
É muito bem-vindo, Manuel Veiga. É um prazer tê-lo connosco.
ResponderEliminarMeu amigo Humberto, estou nessa da 'insônia', testemunho aqui que é algo irritante, cansativo e outras coisas mais. Realmente a televisão e o computador dão sua cota de colaboração. E o rádio também. Muitas vezes usamos o rádio em uma estação de músicas, mesmo clássicas, mas é algo que nos prende, vicia. Desperta. E chega o momento que não conseguimos dormir sem essas coisas. Dizem os médicos que o quarto deve ser escuro e uma leitura, sim, antes de dormir, faz bem. E sem som algum. Mas cá estou eu fazendo esse comentário às 22 horas, antes de dormir! Mundo moderno é isso...
ResponderEliminarÓtimo texto que alerta os ainda não viciados em alçar mão de uma tecnologia à noite, coisa que quero abrir mão.
Beijo, amigo.
Ás vezes, quando as coisas correm mal no trabalho, durmo mal e tento evitar tomar um comprimido. E, sim, ler ajuda...
ResponderEliminarObrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Sei bem o que isso é.
ResponderEliminarA insonia faz parte da minha vida desde muito jovem, e pior que a insonia só mesmo os pesadelos.
Esta crónica acaba muito bem, cito:-É que a insónia é a pior das condenações.
Bom domingo
Beijinhos
:)
Las noches son largas y contínuas, dolores de cabeza de tantas noches sin dormir, es una locura, las recomendaciones no funcionan, los medicamentos casi que tampoco y solo el insomnio es una constante.
ResponderEliminarUn placer conocer tu espacio, Humberto
Boa tarde,Poeta. Gostei do texto. No meu caso e muito sinceramente, nunca tive insónias ... mas acredito que seja um tormento para quem as sofra. Eu durmo pelo menos oito horas por noite e o mais perto que eu estive de uma insónia, foi eventualmente por algum problema de saúde meu ou familiar. Tenho por hábito deitar-me, o mais tardar, às nove da noite e levantar-me entre as cinco e cinco e meia; não bebo café nem como chocolate, o meu jantar pouco mais é do que uma sopa ou frutas, já o pequeno almoço... não me privo de comer tudo o que me aparece, dentro do que considero ser saudável (beringela, mamão, iogurte natural, ovos e pão com manteiga). Pratico muito exercício físico, leio, desenho, pinto e tento resolver os meus problemas durante o dia; portanto... fico com a noite toda para sonhar e como sonho!... Insónia? Não é comigo, não, felizmente ��
ResponderEliminarCarminha, até dá gosto ler este pequeno texto. Mas que inveja... Deve ser gratificante acordar depois de uma repousada e repousante noite de sono.
ResponderEliminarBeijinho
Querido Zé
ResponderEliminarTer insónias é terrível! Impedir as crianças de uma sesta é reprovável!
Ainda bem que chamas à atenção para esta falha.
Mas acho ainda pior haver «adultos» que, mercê de consumos errados, se auto-impedem de dormir, permanecendo toda a noite fora da cama!!! E nem falo dos prejuízos que daí advêm!
Belo texto!
Beijinho
Mana
Querida Bea
EliminarNão sei que tipo de leituras tens feito ultimamente, nem tão-pouco vislumbro de que "adultos" estarás a falar, concretamente; contudo, os erros consumistas configuram sempre: alienação, dependência, reificação, indefinição, falso-self, vazio interior, carácter rarefeito... Isto, já para não falar na delirante esgrima nocturna que se opõe, deliberadamente, à natural marcha do relógio biológico, com todos "os prejuízos que daí advêm!"
Uma coisa é ter insónias, outra é ter o comportamento desviante de um morto-vivo.
Beijinho
Nota: Opta por outro tipo de literatura.