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Este pequeno e
despretensioso texto visa, tão só, homenagear esse
vulto enorme da língua de Camões, que tantas e tão
excelentes obras nos legou durante os seus 89 anos de vida. Falo,
naturalmente, do meu Amado Jorge, isto é, de um dos meus
autores favoritos – JORGE AMADO.
Este estraordinário
escritor e ser humano nasceu no dia 10 de Agosto de 1912, no Estado
da Bahia, em Itabuna, na grande nação sul-americana de
expressão lusófona, que é o Brasil. O pai de
Jorge tudo fez para que o rapaz estudasse Engenharia, Direito ou
Medicina. Jorge Amado optou pelo curso de Direito, a par de uma
participativa militância cultural e política, no âmbito
de uma corajosa actividade cívica. No ano de 1935 consegue a
licenciatura, mas não procura o diploma nem chega a exercer
advocacia.
No ano de 1930, com 18
anos apenas, portanto, assina o seu primeiro romance – O País
do Carnaval, ao qual se seguiram Cacau;
Suor; Jubiabá. Em 1941 vê-se
obrigado a optar pelo exílio, na Argentina e no Uruguai,
depois do seu excelente livro Capitães da Areia ter
sido queimado pelo regime brasileiro, em 1937.
A partir do terminus
da Segunda Grande Guerra, em 1945, Zélia Gattai passa a fazer
parte da vida de Jorge Amado até ao fim dos dias do escritor.
É da responsabilidade de Amado, também enquanto
deputado federal pelo Estado de São Paulo, a lei que assegura
a liberdade religiosa no Brasil, embora tenha vindo depois, em 1947,
a perder os seus direitos políticos, devido à
ilegalização do Partido Comunista Brasileiro, ao qual pertencia desde muito jovem.
Manipulado mas não maniatado, Jorge Amado exila-se de novo, desta feita na França e na Checoslováquia onde permanece até 1952, na companhia de Pablo Neruda, de Pablo Picasso, de Louis Aragon e de Nicolás Guillen, não deixando nunca de escrever e de lutar pela paz e pela democracia.
1961 será um ano
cheio de sucessos para Jorge Amado: é eleito para a Academia
Brasileira de Letras; Academia de Letras da Bahia; Academia de Letras
da República Democrática Alemã; Academia de
Ciências de Lisboa.
No ano de 1958, Gabriela, Cravo e Canela torna-se um estrondoso êxito literário, e a Metro Goldwyn Mayer paga ao escritor chorudos e merecidos direitos cinematográficos pela obra. Em 1963 Jorge Amado muda-se definitivamente para a Rua Alagoinhas, em Salvador, para a casa adquirida, em 1958.
Jorge
Amado, ao longo da sua vida, recebeu vários prémios
internacionais, dos quais destaco os seguintes: Prémio
da Latinidade
(França, 1971); Prémio
Pabo Neruda
(Rússia, 1989); Prémio
Mediterrâneo
(Itália, 1989); Prémio
Luís de Camões
(Brasil-Portugal, (1995).
São dele, também, entre muitos outros, os seguintes títulos: Comendador da Ordem das Artes e das Letras (França, 1979); Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada (Portugal, 1980); Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal, 1986); Grande Oficial da Ordem do Rio Branco (Brasil, 1987); Ordem Carlos Manuel Céspedes (Cuba, 1988), etc..
Jorge
Amado deixou-nos, na Bahia, no dia 6 de Agosto de 2001.
Querido Zé
ResponderEliminarPara mim, também é o Amado Jorge.Li muitas obras dele e gostaria de as ler todas.É um autor admirável!
Obrigada pela riqueza da biografia que lhe dedicaste, sem nada esquecer.
Aqui em Portugal, tivemos o privilégio de assistir em 1976/1977 à passagem, na televisão, da obra Gabriela, cravo e canela, uma telenovela vista a preto e branco, mas que nos deliciou.
Parabéns pela tua homenagem.
Um beijinho
Mana