Com o crescente
desenvolvimento das novas tecnologias, o que confere uma nova
realidade à forma como se opera a comunicação e
a visão que se nos oferece de tudo quanto se passa na “aldeia
global”, como lhe chamou Marshall
McLuhan,
alterou-se também o paradigma comunicacional que, beneficiando
da digitalização das práticas jornalísticas,
viria a adoptar, ao invés da massificação, a
possibilidade de individualização onde a
interactividade é pautada pela personalização da
informação
(Bastos 2010: 1, Amaral 2005: 135).
Na sociedade dos
nossos dias, face à introdução do
ciberjornalismo, os profissionais da comunicação são
levados a experimentar novas atitudes jornalísticas e novas
linguagens (escrita e leitura), para poderem enquadrar os novos
dispositivos tecnológicos ao seu dispor e retirar deles todas
as vantagens que os mesmos conferem à comunicação.
Estar online
é estar em contacto directo com o utilizador e ser capaz de
jogar ao nível da interactivididade, da hipertextualidade, com
carácter dinâmico, mas ignorando a pressão do
tempo e do espaço como acontecia no jornalismo tradicional.
A
interactividade e a hipertextualidade conferem ao jornalismo online
algo de novo que o jornalismo tradicional não ousava: com a
internet, reconfigurado o novo espaço global mediático,
o utilizador acede, através da sua interactividade e pode, a
qualquer hora e em qualquer lugar, dispor de informação
prática e objectiva, que o jornalista readaptado e sempre
actualizado garante com recurso à multimédia e à
hipertextualidade integrando várias hiperligações
organizadas em rede.
O
ciberjornalismo, que utiliza processos interactivos no âmbito
da comunicação digital, fomenta interacções
mútuas e personalizadas, através do correio
electrónico, dos fóruns de discussão, chats,
inquéritos e comentários (Amaral
2005: 136/137).
Não
obstante as potencialidades já declaradas do jornalismo
online,
uma coisa é a teoria outra coisa é a prática,
nomeadamente no nosso país.
A
propósito do jornalismo online
em Portugal, António
Granado,
jornalista e editor do “Público online”,
numa curta entrevista com data de 24/11/2007, dá nota de um
ciberjornalismo ainda em fase embrionária, quer da parte das
empresas jornalísticas, quer no que diz respeito ao entusiasmo
dos leitores. Acrescenta também que as universidades não
agarraram ainda as potencialidades dos novos media e que se encontram
desactualizadas na leccionação dos futuros jornalistas.
Não há jornalismo participativo em Portugal, diz
Granado,
porque a mentalidade é retrógada e existe o medo do
digital.
Por
último, Granado
sugere que, no futuro, o jornalista tem de se preocupar mais com os
leitores e não tanto com as fontes, até porque o leitor
do futuro “sabe mais do que eu”, como escreveu Dan
Gillmor.
Imagem do Google
A dormir não andam, mas comprometidos, “adormecidos” e iludidos, andam.
ResponderEliminarSerá que esta rapidez e profusão de notícias mercê das ferramentas tecnológicas actuais são úteis ao grande público? É uma questão que eu muitas vezes me interrogo...
Boa tarde. Beijinho
Muito bom. Gostei de ler:))
ResponderEliminarHoje:-Para além do infinito
Bjos
Votos de uma óptima noite
Gostei do seu formato de post.
ResponderEliminarjuliamodelodemodelo.blogspot.com
Humberto,
ResponderEliminarO jornalismo tem de ser tratado sempre com cautela e respeito, pois, nós jornalistas somos fonte de informação e e opinião.
Ainda prefiro ser um "Ombudsman" no jornalismo do que praticar um "Cyber Jornalismo" ou ser um "copy desk" digital, que em sua grande maioria, só propagam opiniões vazias e sem conteúdo de veracidade!
Um abraço!
Olá, Humberto, sabes, eu era amarrada em ler jornais tradicionais após o café da manhã, notícias, crônicas, enfim aquelas variedades que desde a adolescência acostumei, pois meu pai assinava alguns jornais. Tinha tanta certeza que jamais iria ler um jornal online. O jornal merecia mais, pensava eu.
ResponderEliminarMas a minha opinião deu voltas como a vida dá, hoje não leio jornal físico, aquele tamanho descomunal do qual me acostumei, leio com o maior prazer online, gostoso de ler e em qualquer sala de espera, eu amo jornal. Só não leio livros online, ainda preciso dele, de pegar, é um outro tipo de amigo. E esse não quero que morra, jamais!
O jornal online engoliu o jornal de papel. Leio as opiniões jornalísticas com o mesmo respeito que lia no jornal convencional, é uma questão de costume. Dobrei-me ao Web Jornalismo que tem algumas características interessantes que o jornalismo tradicional (jornais e revistas) não são capazes de acompanhar.
Aplausos pela postagem!
Beijo, um ótimo final de semana!
Interesante tu articulo
ResponderEliminarBesos.