domingo, 1 de setembro de 2019

SE SE RENDEM


                                                                                    
                         Se se rendem à quebra do limite
                 se se cortam no gume da navalha
                 como quem do desejo se demite
                 sem saber de que lado da medalha

                 é melhor agarrar pois quem gravite
                 na vogal virtual que sempre falha
                 - valorizam impulsos sem rebite
                 de posse desvairada que coalha 

                 Remendar identidades difusas
                 sem base nem suporte da razão
                 só por graça das vis hipotenusas

                 no fecho dos triângulos que são
                 conceitos de sensações inconclusas
                 mal-esboços de débil sujeição

NOTA: Imagem do Google
           












6 comentários:

  1. Os efeitos de eco das suas rimas dão ao soneto uma musicalidade interessante. Gostei imenso da primeira quadra "Se se rendem à quebra do limite se se cortam no gume da navalha como quem do desejo se demite sem saber de que lado da medalha".
    Uma boa semana meu Amigo.
    Um beijo.

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  2. Um soneto magnífico. Os meus aplausos.
    Caro Humberto, uma boa semana.
    Abraço.

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  3. Aplausos, meu amigo, belíssimo soneto! Estive aqui ontem e pensei ter já comentado.

    "Remendar identidades difusas
    sem base nem suporte da razão
    só por graça das vis hipotenusas"

    Beijo.

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  4. E haverá limites?
    Um poema interessante....
    Beijos e abraços
    Marta

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  5. Bonito soneto e de facto nas indecisões é melhor aceitar aquilo em que
    acreditamos ...
    Assim interpretei ...
    Boa tarde, Poeta. Beijinho.

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