Fiquemo-nos
pelas evocações
num
apelo capaz de comportar
a
partir das cinzas sem soluções
o
nulo passível de concentrar
caminhos
ausentes das dimensões
tão-só
sonhadas ou por mascarar
dos
vagos rumos das imprecisões
já
sem futuro nem caução solar
Fiquemo-nos
talvez pelo presente
na
fuga dos fantasmas do passado
na
rota que se refracta demente
na
dolorosa presença do fado
contido
no passado recorrente
descrente
do futuro ali ao lado
Nota: Imagem do Google
Show de poema, Humberto!
ResponderEliminarÉ para ler mais de uma vez, sorver cada uma das palavras colocadas
com esmero. Gostei do ritmo.
Uma boa semana,
beijo
"na dolorosa presença do fado
contido no passado recorrente
descrente do futuro ali ao lado"
O presente tem que ser vivido e não ficar esquecido no passado...
ResponderEliminarGostei muito...
Beijos e abraços
Marta
Humberto,
ResponderEliminarPoema muito bem composto e no ritmo do fado, nesse teu "canto solitário", acompanhado provavelmente de uma "viola do passado".
Muito bom!
Poema profundo, onde as palavras, ricas de conteúdo, nos abrem portas para possíveis divagações.
ResponderEliminarPor muito que vivamos no presente, o passado está sempre à espera que uma frincha se abra, para nos lembrar vivências que nos marcaram, mais pela negativa do que pela positiva...
E os meus sinceros agradecimentos pelas excelentes apreciações e divagações que faz sobre os meus escritos. É um prazer lê-lo.
Quanto ao blog "A lingual portuguesa", não é meu, não sei explicar como se apresenta como tal, tentei em tempos alterar a situação, mas não consegui. Na realidade pertence a Uma Senhora Professora de Português que em tempos comentou no meu blog e que eu visitava , também! Deve estar desactivado, daí não ter aceite o comentário, mais não sei dizer!
Um abraço.