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Quero
guardar o cheiro a savana no teu corpo
                                   sentir
o subtil afago do capim pela manhã
                                   beber
o orvalho na folhagem dos teus gestos
                                   vibral
no tropel dos corações em delírio
                                   Por
entre acácias verdejando
                                   na
densidade das fendas ressequidas
                                   pelo
sol crepuscular dos batuques
                                   tão
presas ainda ao chão dos sentidos
                                   quero
guardar o cheiro a savana no teu corpo
                                    Plácida
terra que sempre soube de cor
                                    envolve-me
no hálito fresco do teu ventre
                                perfumado
                                     na
latência cerrada do teu bosque
                                     nos
tons e sons da tua seiva
                                     que
bebo insaciável
                                     à
boca da madrugada
                                     e
vem amanhecer
                                     na
manta morta do meu corpo
In
“O Rumo e o Sonho”, 2001 – Fólio Edições
Manuel
Bragança dos Santos
 
Adorei ler o seu poema!...
ResponderEliminarDevia ter deixado tão gratas recordações, quantas as que guardou.
O seu amor mesmo que físico, quando o sente, e é evidente na forma como o descreve, é fogo que arde sem se ver, como diz Camões.
Beijinho, Poeta.
Belíssimo poema que envolve uma intensa nostalgia, um tanto nítida:
ResponderEliminarPlácida terra que sempre soube de cor
envolve-me no hálito fresco do teu ventre
perfumado
Muito bonito, gostei muito.
beijo
Um poema brilhante:))
ResponderEliminarBjos
Votos de um óptimo Domingo.
O cheiro da savana. Entendo que quem o sentiu não o possa esquecer. Bonita memória de Angola.
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo.
Um beijo.