segunda-feira, 29 de abril de 2019

O TEU SORRISO



Imagem do Google


Não penses no poeta distraído
nem tentes descobrir o seu condão
tão ausente do rumo contraído
tão no centro do foco da sezão

Não penses no poema sugerido
nas suas amplas asas de falcão
abertas e cerradas ao sentido
do transe que nos toma de tensão

Vem daí fechar os olhos e vê
como vogam os barcos a compasso
na desordem do peito de quem lê

a plácida tortura que desfaço...
Caso sintas haver um-não-sei-quê
compõe lá esse teu sorriso baço

3 comentários:

  1. Deixei-me levar pela beleza poética!
    Envio uma brisa do mar acompanhada de um sorriso amplo e humano.
    Beijinho, Poeta.

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  2. Olá, Humberto!

    Um soneto com todo o condão, aliás, o Humberto escreve muito bem, tanto prosa, quanto poesia.
    De facto, ninguém tente entender, nem conhecer um poeta. O melhor, será interiorizar aquilo que ele escreve, aceitar e partir rumo à felicidade e à alegria.
    Vamos lá sorrir, nitidamente!

    Um abraço cordial.

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