quarta-feira, 10 de abril de 2019

DESASSOSSEGO


Imagem do Google

De tão leves as penas que carregas
pesam apenas ardis de glutão
que pagam para te verem às cegas
resvalar sem sentido nem feição

Não vistas a tua saia de pregas
a teus pés inefável lá no chão
nem me digas que sempre que me negas
que te vista ou dispa de ilusão

se finam as vontades de tecer
nas sombras que tão sedenta desvelas
nas chamas que para ser e não ser

apagas ainda que não acesas
querendo sem querer as sequelas
sabendo sem saber das incertezas


4 comentários:

  1. Gostei de ler. Que seu dia seja poético com muita suavidade. Beijinho, Poeta

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  2. Lindo poema e a figura humana
    Que aparece na fotografia,
    Humberto, acredito, deveria
    Ser a imagem que não se profana

    Por ser tão frágil a uma sanha insana
    De sedução ou de pornografia,
    Em que o anjo não despir-se-ia
    Para servir de sol na tribuzana!

    Essas pernas são pernas simplesmente!
    As pernas da amante que sexualmente
    Servem à volúpia tão afim ao gozo

    São outra pernas; de exuberante
    Visão! Que cala o falo e voz do amante
    É o silêncio voluptuoso!

    Gostei do teu poema, amigo e como versejador fiz a releitura com uns versinhos! Minha gratidão! Abraço fraterno! Laerte.

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  3. Olá
    E assim vivemos, num constante «desassossego»!
    Que forma mais linda de o expressares!
    Um beijinho
    Mana

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