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Quero-te deusa despida de virtude
tão bela e minha e nua
como se fosses o sonho
de um só desejo por navegar
de uma só água ou olhar
perdida na antiguidade obscurecida
da memória
Quero-te ainda e sempre evocação
de ninfa que nimbo inerte
tão só por mim esculpida
junto à ânsia de te ver
mármore
tão leve e verde e móvel
erguida em plenitude
cerce o desejo de voar
In "O Rumo e o Sonho" - Fólio Edições - 2001