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Hoje em dia, por da cá aquela palha, afadigam-se as pessoas com assuntos, temas e matérias que não aquecem nem arrefecem, não servem para rigorosamente nada, são de uma futilidade aflitiva, mas, ocupam o espaço e o tempo da comunicação social, podem determinar eventualmente o aumento das audiências no caso das televisões, forçam à compra de jornais, no caso destes, e estratificam viciosamente os doentes da "net", numa espécie de letargia obscura, redutora, solitária e fria, porque, no imediato, estes três meios de comunicação (?!!) de massas conseguem o tão desejado objectivo de chamar a atenção dos pobres mortais para si mesmos, num visível incremento dos lucros pelos quais desesperadamente se batem.
Nesta medida, atente-se nos programas designados de "talk-shows", onde aparecem para conversas de cariz algo estranho os mais inqualificáveis indivíduos; repare-se nos "reality-shows" onde durante semanas a fio se aprisionam numa casa "hermeticamente fechada" mas devassada em absoluto, alguns autómatos de ambos os géneros, que rapidamente destilam os afectos mais primitivos e desconexos numa clara e desconcertante manifestação inconsciente de tudo quanto lhes vai na alma.
No caso da internet são tantos os benefícios como os prejuízos: nas crianças escolarizadas é extremamente difícil a inculcação de regras de utilização da mesma. Trata-se de uma tecnologia com carácter altamente viciante embora potencie uma diversidade ímpar de matérias e recursos que, se mal aproveitados podem constituir uma deriva alienante, perigosa e desvirtuadora de bons hábitos, atitudes e tendências...
Por último, os jornais que, como se sabe, veiculam uma certa informação sempre ao serviço de quem os financia e que tanto pode ser útil como contra-producente para quem a lê. A título de exemplo refira-se os "rankings" das escolas, que nada têm de plausível devido ao seu carácter falacioso, por razões que já apontei noutros escritos. E as sondagens que, até hoje, ainda não percebemos para que servem, a não ser como mera manobra de diversão que acaba por afastar necessariamente a massa acrítica eleitoral do verdadeiro cerne da questão: o que valem realmente os partidos e as suas propostas de ocasião?