quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

TRÁGICA DERROTA




Não sei por que te despenhas 
na ravina da indiferença
no barranco do abandono
nas falésias do desprezo
num espartilho de penumbra 
que o tempo dilacera

Comigo viajas sempre
na linha dos sentidos
percorrendo o torvelinho agreste 
que o silêncio me grita

Sinto o desespero gelado
nas mãos vazias 
sempre que agarro o medo
ou faço sucumbir a solidão
mitigando imagens fugidias 
por entre os dedos trémulos

Sinto que me acenas 
do fundo do flagelo
tentando pôr fim a tão trágica derrota

Imagem do Google

5 comentários:

  1. Um poema muito belo, amigo. É tão infinito o silêncio que grita...
    Um BOM NATAL e um beijo.

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  2. Mais uma vez a esperança " aceno no pesadelo "

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  3. Mais uma vez a esperança "aceno no pesadelo. Gostei abracinhos

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  4. Votos de que tenha passado um santo Natal, Graça Pires. Desejos de um próspero Ano Novo de 2015, durante o qual possa ver concretizados todos os seus sonhos.

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  5. Querido Zé
    Pela segunda vez, vou tentar deixar aqui o meu comentário.Já não saberei reproduzir exactamente tudo o que tinha escrito, mas tentarei.
    A indiferença é algo que muito nos custa suportar, sobretudo se parte de alguém a quem amamos. Um simples gesto, contudo, pode fazer toda a diferença Será que foi o que aconteceu com este «aceno»?
    Um beijinho
    Mana

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