domingo, 21 de abril de 2019

PRESENÇA AUSENTE


Imagem do Google

Do que fica passado no presente
só de reter daí o movimento
faz sentir na ferrugem dissidente
embalos de fantasmas a contento

O sol sem se mover é ponto assente
faz-nos perder a noção de relento
tão tonta circular que não desmente
fechar-se para se abrir ao intento

de inovar fantasias sem formato
já que perras voláteis e vazias
persistem na nudez do desbarato

Contudo dir-te-ei por ser tão cedo
que há quem entretenha os seus dias
dormindo à sombra do arvoredo

6 comentários:

  1. Há que ter sempre presente e nunca as deixar perder, recordações antigas e certezas que aprendemos durante a nossa vida . Beijinho, Poeta.
    Não sei se alcancei...

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  2. Sentir uma presença ausente. Saber que tudo e todos os que nos rodeiam fazem parte da via que herdámos ou escolhemos. O seu soneto, excelente, lembra-me que ninguém se deve acomodar, mas sim interagir com aquilo que o Cosmos nos oferece…
    Uma boa semana, meu Amigo.
    Um beijo.

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  3. Querido Zé
    E assim continuarão a suceder-se os dias e as noites! Vamos aproveitar uns e umas muito bem.
    Belo poema, como sempre fazes!
    Um beijinho
    Mana

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  4. Assimilei nesse seu belo soneto a nossa pura realidade. Muitas vezes estamos rodeados de gente e numa solidão cada vez mais crescente, porém recordando Artur da Távola, "quem tem vida interior jamais padecerá de solidão'. E nesse mundinho cada vez mais violento, mais egoísta, isso tende a crescer. Coisas excelentes acontecem em nossas vidas, outras, o 'leme' tem de ficar em nossas mãos. E nessa era da informática, a interação virtual será cada vez maior. E são esses os novos tempos, foi essa nossa escolha.
    Beijo, Humberto, uma ótima semana.

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  5. Has compuesto un magistral soneto. Todo un placer leerte, gracias.

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