domingo, 6 de fevereiro de 2022

O GUME DO SILÊNCIO


 


Por chamar à razão o dia-a-dia

 nas noites inaudíveis de tortura 

 perora vigilante sem-valia 

 o gume do segredo que perdura

 

 Em torno do discurso que filia 

os indeláveis traços de loucura 

 tons emergem p`ra negar alforria 

zombando de quem da dor se depura 

 

Por que velhos caminhos sufocantes

 por que duras veredas sem arrimo

 se repetem jornadas como dantes (?) 

 

 Como se de sol a sol não mudasse 

 esse lodoso tropismo de limo

 infecto na rotina de feirantes

 

Imagem do Google

7 comentários:

  1. O silêncio pode ser um gume, o lado mais afiado da dor, tal como as palavras por mais silenciosas que se apresentem. Um soneto intenso, meu Amigo.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  2. Caro Humberto

    Gume cortante o silêncio, quando se joga nisso o bem-estar e a vida.Segredos que se guardam, que abafam o discernimento e acabam por atormentar a vivência ao nosso redor.

    Tenha uma boa semana.

    Abraço
    Olinda

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  3. Um poema profundo e sentido onde o gume do silêncio envolve todas as palavras.
    Um grande abraço

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  4. o silencio pode ser de muitas maneiras gostei do que li bjs saude e obrigada pela vesita no meu cantinho volte sempre

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  5. Ressalta do poema uma certa inquietude que fere, pela deriva de atos persecutórios.
    O livre arbítrio inerente a todo o ser humano pode desviá-lo de rotinas estéreis.

    Aproveito a visita ao teu blog para te convidar a participar na iniciativa que proponho e que muito a pode valorizar.
    Para tal aceder a:

    1ª CELEBRAÇÃO DE S. VALENTIM

    A SETA DE CUPIDO


    Abraço fraterno.
    Juvenal Nunes

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  6. Preguntas que nacen del dolor y el silencio, y es que el amor es intenso pero tambien lastima
    Me ha gustado leerte
    Un abrazo
    Carmen

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  7. O seu soneto resultou bem enfático e expressivo...
    O 'gume do silencio', como uma condenação...
    Há seres que parecem perseguidos pela dor...

    Saúde e dias bons. Abraço, Humberto.
    ~~~~~~~~~

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