quarta-feira, 4 de junho de 2014

PENITÊNCIA DO MEDO



Imagem do Google
Acolhes o medo em alvoroço
nos despojos do Sol que se apaga
na praga das cismas e das cinzas
que te fazem supor castigos e canseiras
e tragédias que o pesadelo encarna
nos dias soturnos tecidos de pressentimento

O amor é sempre uma construção
uma luta uma vitória
a harmonia dos contrários 
a malha que tece o ser
a remissão da alma para lá dos instintos

O amor que me ensinaste permanece
suspenso como um pássaro de bruma
sobre o mar estagnado do tempo
pronto a aniquilar a penitência do medo

3 comentários:

  1. O amor "pronto a aniquilar a penitência do medo". Gostei, amigo. Não há medo que seja possível quando alguém acolhe o nosso olhar...
    Um beijo.

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  2. Tenho andado um pouco afastada, quase me limitando a retribuir as visitas recebidas...
    Mas hoje tenho um tempinho e resolvi visitar alguns blogs amigos.
    Gostei muito deste texto poético. O Amor é uma força da natureza, que vence tudo, até os medos mais aterradores.

    Uma feliz semana e bom feriado.
    Beijinhos

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  3. Querido Zé
    Ao fim do dia, tudo assusta, podes crer! Porém esperemos que o Amor tenha a força para vencer todos esses medos.
    A Natureza,por vezes, associa-se aos nossos estados de alma, e, às vezes há uma incapacidade para se sair de si próprio.
    Neste belo poema, fazes reflectir quem te lê e, assim , pensar que o Amor tudo pode.
    Felicito-te por mais uma bela mensagem, poeticamente transmitida.
    Bom domingo.
    Um beijinho
    Mana

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