quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

DIAS DE INVERNO




Imagem do Google

Serenos são os dias sonolentos
a tolher os ímpetos da vontade
na corrente gelada e sem vaidade
da vida quebrantada pelos ventos

Sem valor soletramos os cinzentos
fins-de-tarde que morrem sem idade
lendo nas entrelinhas da verdade
mensagens de tão mordazes momentos

Pelas noites a lembrar soturnidade
a lua moribunda não tem luz
por isso só nos resta da saudade

da prata que se foi e não seduz
a crença de ser a mobilidade
o jogo que na vida nos conduz

5 comentários:

  1. Uma imagem linda e um belo soneto tão rente ao inverno que apetece soletrar os "cinzentos fins-de-tarde" com o autor para que o sol nos aqueça o coração…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  2. Muita nostalgia que não retira beleza, antes a acrescenta, a um soneto perfeito.
    Confesso que não gosto do Inverno... mas tenho que reconhecer que permite fotos muito lindas.

    RE: Muito obrigada pelas palavras elogiosas na minha "CASA", Humberto. É bom saber que agradamos, dá ânimo para continuar...

    Feliz Terça-feira e uma boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  3. Belamente inspirado amigo.
    O cinza, o frio, o sentimento de abandono e o desejo de aconchego em belo soneto fundo da nostalgia.
    Aplausos amigo.

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  4. Humberto, vim conhecer o seu blogue e agradecer as palavras simpáticas que deixou no meu.
    Parabéns pelo seu soneto em perfeita norma camoniana.
    Ele descreve um tempo em que é preciso resistir, na esperança de dias melhores...
    Um fim de semana aconchegante.
    As minhas melhores saudações.
    ~~~~~~~~

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  5. Dias que, apesar de cinzentos, nos induzem à reflexão. Apesar da vontade tolhida, a vida não pára na algidez do inverno. Só a mobilidade nos mantém firmes na caminhada.
    Saudações poéticas.
    Juvenal Nunes

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