Existe uma grande
diferença, por nós tantas vezes constatada, entre a
maneira como os portugueses, na sua grande maioria, infelizmente,
ocupam os tempos mortos ou de lazer, e alguns dos povos de certos
países europeus, cujo grau civilizacional e curiosidade
intelectual saudáveis nos deveriam envergonhar.
Recordem, mormente, o
que se passa durante as férias estivais, sempre que a nossa
população (os que podem) vegeta ao sol, nas areias
quentes das praias do nosso litoral; atentem no tempo que se
desperdiça inutilmente, quando se efectua uma ou mais viagens
de comboio, avião ou autocarro, ou, até, durante
aqueles períodos de descabelada inércia, quando as
pessoas se afundam no sofá da sala de jantar, a olhar para o
boneco (televisão acesa ou apagada).
Na verdade, muitos dos
nossos compatriotas “ocupam” os tempos a que atrás
aludimos, protagonizando, indolentemente, uma total pasmaceira,
queimando as horas sem nenhum propósito definido, ou, muito
pior, “enfardando”, feitos alarves, e bebendo
desabridamente, ou desperdiçando as horas de sono grudados à
viciante computação internáutica, quando não
se deslocam para as “discotocas” (o conceito
é nosso), onde se encafuam horas a fio, numa aparente fuga da
realidade. ACIMA DE TUDO, NÃO LÊEM!...
E não lêem,
caros amigos, porque tal prática, que deve ser induzida desde
o berço, requer esforço intelectual, e o português
enferma de uma galopante preguiça mental, que lhe tolhe a
clarividência e a capacidade de comunicar... Saibam que ler
contribui, de forma eficaz, para a constante e imprescindível
frescura do raciocínio, porque promove o funcionamento
neuronal, evitando, portanto, o seu ancilosamento, isto é, o
seu (in)evitável envelhecimento prematuro. ACIMA DE
TUDO, LEIAM MUITO! (CONTINUA)
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