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Um poema é sempre uma mulher
adormecida
entregue ao repouso inquieto
e sedutor de uma lascívia indefinida
sob a seda vibrante de um manto
pré-semiológico
Um poema pode ser uma mulher
empedernida
esculpida tendencialmente pelo signo
no sentido da luz das coisas
brilhando de voluptuosidade
na ausência do erro
que a sua nudez proclama
Na essencialidade semântica do poema
a desordem aparente dos signos
fixa a sensualidade do seu corpo transcendente
e do ventre incandescente do silêncio
brota o desejo de harmonia e comunhão
No que diz respeito ao amor e à sensualidade o poema pode ser tudo o que quisermos que seja. Gostei da abordagem do poema.
ResponderEliminarUm beijo.