segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O CORPO DO POEMA



Imagem do Google



Um poema é sempre uma mulher
                                   adormecida
entregue ao repouso inquieto 
e sedutor de uma lascívia indefinida
sob a seda vibrante de um manto 
                          pré-semiológico 

Um poema pode ser uma mulher
                                empedernida
esculpida tendencialmente pelo signo 
no sentido da luz das coisas 
brilhando de voluptuosidade
na ausência do erro 
que a sua nudez proclama 

Na essencialidade semântica do poema
a desordem aparente dos signos 
fixa a sensualidade do seu corpo transcendente 
e do ventre incandescente do silêncio 
brota o desejo de harmonia e comunhão

1 comentário:

  1. No que diz respeito ao amor e à sensualidade o poema pode ser tudo o que quisermos que seja. Gostei da abordagem do poema.
    Um beijo.

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