quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

ADOÇAR A ADOPÇÃO


Imagem do Google


    Antes de mais, daremos parte ao leitor de que trataremos a temática supra designada com pinças (adocicadas), tendo em conta, não só a flagrante actualidade da matéria em questão, mas também devido à sensível subjectividade da mesma. Senão, vejamos, para começar, o próprio melindre que envolve a lata conceptualidade da presente representação mental, de quem à mesma se liga, seja por que motivo for. Explanemos, então, o conceito que, acrescente-se, etimologicamente, aponta para a ideia de escolha, selecção. E é aqui que radica o busílis da questão.

    Ainda que a adopção possa estar enquadrada legalmente numa dada sociedade, que legitimidade assiste a parte adoptante na decisão de determinada escolha, depois de seleccionada a criança?! É sabido, julgamos nós, que o número de crianças rejeitadas, abandonadas ou vítimas de maus-tratos vai sendo, mal ou bem, tutelado pelo Estado ou pela Igreja. Todo este panorama se deve ao adensar dos ambientes familiares disfuncionais, onde proliferam, cada vez mais, crianças em risco. Percentualmente, muitas delas são geradas por adolescentes desorientadas, impedidas de sonhar as suas vidas de meninas. Pecados do estado, da família e da escola!

    Tanto o Estado como a Igreja – na sequência da lógica verificada até agora – têm obrigação ética e moral de acolher os menores em risco, fazendo-os rodear de todos os direitos inerentes a todas as restantes crianças felizes, no âmbito de equipas multidisciplinares bem preparadas, afectuosas e solícitas, não esquecendo nunca que o pequeno ser que irá ser adoptado, quando tal acontece, nada escolhe, nada selecciona, ao contrário do que acontece quando aceita e busca, natural e afanosamente, ligar-se ao seio materno, agarrando assim o prazer da aventura de viver... Importa, pois, escutar os especialistas capacitados para o efeito, no início do processo de adopção, depois daqueles terem analisado o historial físico e mental da criança, dos seus pais biológicos e do casal adoptante. Sem isto nada feito.

    Escusado será dizer que, quem adopta fá-lo, muitas vezes, para tentar compensar infertilidades, solidões mal geridas, egoísmos angustiantes que, de forma obsessiva, ansiosa, precipitada ou calculada, mal conseguem disfarçar os imperativos inconscientes de uma existência frustrante. Ainda assim, vamos acreditar na boa-vontade de quem se dispõe a conceder uma segunda oportunidade aos inocentes caídos em desgraça, dando àqueles o benefício da dúvida. Convém ainda referir os 6 (seis) meses (até aos) como sendo a idade mais favorável para a adopção, por razões óbvias de adaptação à nova família de acolhimento.

    Por último, e aquando da entrada na adolescência, a estabilidade familiar é ainda mais necessária, bem como o desfazer de mitos relativamente à origem do adoptando, naturalmente, sem receios, hesitações ou tabus.



3 comentários:

  1. Defendo que a criança está sempre melhor
    com o carinho de um casal equilibrado,
    do que com a atenção em série de uma
    instituição, pelo que, os processos
    deveriam ser céleres.
    As melhores saudações.
    ~~~~~

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  2. Oi Humberto, voltei à nova postagem do mesmo gênero à anterior. Concordo com a Majo plenamente - só o amor ampara verdadeiramente, mas acrescento que a disciplina forja o futuro comportamento. Grande abraço! Laerte.

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  3. Um artigo muito interessante e sensível, pois implica crianças e, para elas eu só quero o melhor.

    Hoje:- És a bebida que sorvo em mar deserto.

    Bjos
    Votos de uma óptima Sexta - Feira

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