segunda-feira, 21 de outubro de 2019

NO RIGOR DOS CAMINHOS


              No rigor dos caminhos desbravados
              nascemos sem pensar em tal ventura
              para sermos sentidos como dados 
              mal-jogados de forma prematura

              Das afrontas dos rostos mal-amados
              que dizer dos umbigos em cesura
              do viés tão fendido dos seus brados
              do tempo sem razão nem cobertura

              Da forte fragilidade do vento
              no restolho das campos já ceifados
              dos dilemas nascidos ao sol-pôr

              no desenho das velas em tormento
              o sémen de novos sonhos doirados
              surgirá por acaso dessa dor ?

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7 comentários:

  1. "No rigor dos caminhos desbravados
    nascemos sem pensar em tal ventura
    para sermos sentidos como dados
    mal-jogados de forma prematura"

    Que lindos versos, Humberto, será essa e assim a vida que escolhemos?Não, não escolhemos, apenas é, com pouco ou muito rigor.
    Poema forte e intenso. E belo!
    bjs, uma semana ótima!

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  2. No rigor do caminho aonde for
    A verdade desaguar nesse caminho,
    Mesmo que haja urzes e espinhos,
    Haverá com certeza luz e amor.

    Que no caminho se passe por dor,
    Mas haverá afeto e algum carinho.
    No rigor de alguns passos tão sozinho,
    Haverá certo enlace, glória e honor!

    Pois, que ninguém se perde no caminho!
    Tudo é aprendizado com o vizinho,
    Tudo redunda em fado a um destino

    Incerto, certamente, e em desalinho.
    Feito ébrio ao sabor do doce vinho,
    Chegará ao destino sem ter tino!

    Excelente poema, amigo Humberto, NO RIGOR DO CAMINHO! Parabéns! Gostei imensamente! Grande abraço!

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  3. Uau, quanta palavra dificil. Rs.

    http://juliamodelodemodelo.blogspot.com/

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  4. Uma belíssima expiração.

    Beijinhos | danielasilva-oficial.blogspot.com

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  5. Humberto,
    "...no desenho das velas em tormento
    o sémen de novos sonhos doirados
    surgirá por acaso dessa dor?"

    Velas em esfumaço que se apagam!... Velas ao mar!... Velas que filtram nossas emoções, feito água e purificam a nossa dor!

    Belo poema!
    Um abraço meu amigo!!!

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  6. Boa noite Humberto, venho retribuir sua visita em meu blog.
    Os sonhos não morrem diante da dor,eles podem diminuir dentro da gente para ninguém saber sua intenção, mas eles podem acontecer se nasceram para isso.
    Ele determina se sim ou se não.

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  7. Boa pergunta, mas talvez os sonhos, dado que procuram sempre algo melhor, sejam mesmo uma fuga à dor, em sentido lato.
    Um soneto soberbo, não só pela forma mas também pelo conteúdo.
    Caro Humberto, um bom fim de semana.
    Abraço.

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