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A
globalização está aí (escrevemos em 2003), quer se queira, quer não; não só com
todos os seus aspectos e influências negativas, mas também aportando um sem
número de particularidades e repercussões positivas. Por isso, no âmbito da
Educação, deve ser acautelado aquele conjunto de valores culturais universais,
a ter em conta, no sentido da observação, promoção e implementação de uma ética
global.
Hoje em dia, tanto quanto nos
parece, todas as nações do mundo devem interiorizar, de forma pragmática e
civilizada, a saudável e natural interdependência face às demais. Nesta medida,
os países que recusem a prática de valores universais de carácter fundamental,
sujeitam-se à marginalização de quem opta por virar as costas aos ventos da
mudança.
Todos os povos possuem direitos e
deveres, globalmente aceites e reconhecidos, devendo estar à altura dos mesmos
e das suas responsabilidades sociais, evidentemente, sem atropelos pelas suas
tradições culturais e pelas dos outros. Tal estado de espírito e propósitos
devem radicar numa prática democrática diária, de participação colectiva, que
contemple a equidade social, também ao nível das decisões, mormente no campo político.
A paz mundial deve ser sempre o
objectivo, tangível apenas pela via do diálogo, sublinhando a inelutável
importância da coexistência pacífica, multiétnica, da harmonia social, num
quadro de compreensão e tolerância, face às diferenças e ao pluralismo
culturais.
Um outro valor ainda, indispensável à criação
e manutenção de uma ética global a partir da Educação, prende-se com a empatia
pelo próximo; esta deve começar no seio da família, ser extensível aos amigos,
aos indigentes, aos pobres e aos doentes, em prol das comunidades; esta
empatia, sempre que possível, dever traduzir-se em altruísmo actuante,
solicitude que não pode ignorar a ecologia.
Todas as economias dependem dos seus
sistemas produtivos, associados à criatividade e à iniciativa; estes são
valores seguros face à normalidade vivencial do quotidiano, potenciados à
escala mundial pela dinâmica dos avanços tecnológicos. Importa, contudo, operar
uma abertura das mentalidades, compreender e aceitar as mudanças e o progresso
útil, lúcido e sustentável. Quanto mais forte
e consensual for a expressão da vontade colectiva, mais rápido e
harmonioso será o desenvolvimento dos povos.
Uma reflexão excelente realçando o papel da educação sobre os valores universais. Gostei muito e concordo cada vez mais com o que diz: "A paz mundial deve ser sempre o objectivo, tangível apenas pela via do diálogo, sublinhando a inelutável importância da coexistência pacífica, multiétnica, da harmonia social, num quadro de compreensão e tolerância, face às diferenças e ao pluralismo culturais." Parabéns pelo texto, meu amigo.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um abraço.