domingo, 3 de março de 2019

A MORAL E O MORAL


Imagem do Google


    Relativamente a estes dois substantivos abstractos, que enquanto imagem gráfica e conceptual apenas diferem de género caso sejam antecedidos do respectivo determinante – feminino ou masculino, não nos alongaremos. Contudo, convém dizê-lo, das pessoas que, por norma, temos escutado na esfera comunicacional (mass media), a maioria raramente sabe de que fala, porque confunde ambos os conceitos ou, quem diria, parece desconhecer o que é uma e a outra coisa.

    Assim, A Moral, em termos gerais, é um conjunto de pressupostos, mais ou menos aceite e defendido socialmente, que rege e garante a harmonia das relações dos indivíduos no quotidiano, sob o ponto de vista da conduta comportamental, em situação – reacção a estímulos moralmente enquadrados. O homem moral, portanto, preocupa-se, em consciência, em manter o seu protagonismo, pessoal e social, agindo normativamente, em sede de direitos e deveres, sabendo discernir entre o Bem e o Mal.

    Por sua vez, O Moral deve ser interpretado distintamente do conceito anterior, devendo ser entendido, grosso modo, como o estado de espírito de uma pessoa, de uma equipa de trabalho ou de um exército, por exemplo. Este tipo de representação (O Moral) liga-se ao desempenho do psiquismo de cada um e de cada grupo específico, quer dizer tudo o que respeita ao espírito subjectivo dos mesmos. Não obstante o que fica dito, o moral não deve nunca atropelar os valores, isto é a moral, para não ser visto como imoral ou amoral.


     Por último (tínhamos prometido ser breves), refira-se Hegel (1770-1831), para aludir a distinção que o mesmo faz entre moralidade subjectiva e objectiva: no quadro da moralidade subjectivada (abstracta) o indivíduo cumpre o seu dever voluntariamente; no caso da moralidade objectiva, a pessoa apronta-se a obedecer, convictamente, de acordo com a lei (moral), aos princípios, às normas, às leis, aos costumes impostos pela sociedade organizada.

2 comentários:

  1. O que eu aprendo consigo, meu Amigo… Confesso que nunca tinha pensado nesta distinção que tão bem explica. Obrigada.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  2. Que bela chamada amigo, com uma clareza para nunca mais ter duvidas e ou usar de maneira errônea. Interessante estas dualidades.
    Gostei da ilustração com o pensar de Hegel.
    Muito boa postagem Humberto com sua generosidade sempre.
    Meu abraço

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