segunda-feira, 25 de março de 2019

RIO DA VIDA


Imagem do Google
Nós só vemos aquilo que já vimos
Querer ver o que nunca esteve lá
nem sequer é desejo de quem cá
não se furta ao revés de tais arrimos

Nó fatal onde todos preferimos
nos manter denegando a coisa má
e seguir à deriva ao deus-dará
pra topar na loucura lá nos cimos

Não podendo tolerar o vazio
na clausura da concepção ausente
choramos o poema como um rio

agreste sem caudal que não desmente
não correr sem saber que de repente
pode bem ter a vida por um fio


2 comentários:

  1. Boa noite. Bonito poema, como sempre :))

    Hoje:- Silêncio, em sentimento profundo.

    Bjos
    Votos de uma óptima noite.

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  2. Belo e verdades nas entrelinhas, amigo Humberto, um poema do qual gostei muito de ler, gostei do ritmo, ideia e construção, portanto 100% no meu gosto.
    Destaco:

    Nó fatal onde todos preferimos
    nos manter denegando a coisa má
    e seguir à deriva ao deus-dará
    pra topar na loucura lá nos cimos

    bjs, uma ótima semana!

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